Hist�ria de
amor
Vieste... E me
falaste de um algu�m infiel
que tra�ra a tua vida
e a quem deras no
entanto o teu amor...
Vieste... E me falaste a linguagem de fel
da tua
alma ferida,
( e em teus olhos havia atormentada e presa
uma imensa
tristeza, um profundo amargor...)
Quem te viu como te vi - a
falar a linguagem
da suprema amargura
da incur�vel desilus�o,
como quem
abatido chega ao fim da viagem
e encontra um velho sonho de ventura
em
peda�os no ch�o...
Quem te viu como eu vi �
beirando o precip�cio
e quase em desatino,
sem saber procurar se quer um
novo in�cio
para o seu destino...
Vieste... e eu dei-te o abrigo
dos meus bra�os,
- comovi-me... e senti meus olhos ba�os
diante da tua
dor...
e sem que eu pr�prio saiba como consegui
aos poucos, muito aos
poucos, dia a dia, eu vi
que vencias o infiel, o amargurado
amor...
Uma tarde... em que te vi
chegar, rindo e chorando,
numa emotividade
que punha em teu olhar
imprevisto esplendor,
pensei que nessa tarde enfim, eu te
pudesse
desvendar meu segredo de felicidade
e pedir teu carinho para meu
amor...
Chegaste... Me entregaste a
m�o, e me disseste
entre terna e comovida:
- Ah! Meu amigo!
nem tu
compreender�s todo o bem que fizeste
agora que afinal posso seguir de
novo
radiante, sem perigo...
E entre terna e
comovida
silenciaste,
e me entregaste a m�o...
Era a despedida...
- pior
que a despedida: - era a separa��o...
Num derradeira gesto impensado, numa
alegria louca
no instante de partir:
- beijaste-me na boca
e te foste a
sorrir...
Para que? Para que me
beijaste-me na boca?
Hoje a minha alma sofre , e o meu desejo goza
a
ang�stia dessa lembran�a...
Ah! Meu amor... o quanto foste louca
e
impiedosa,
o quanto foste crian�a
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Aquilo que provamos quando estamos apaixonados talvez seja o nosso estado normal. O amor mostra ao homem como � que ele deveria ser sempre.