Eu sou aquela mulher que n�o precisa mais
provar nada a ningu�m. Faz tempo que me cansei de agradar, de dar explica��es
para ouvidos surdos, de mover montanhas por quem nem sequer me respeita. Eu sou
tudo o que voc� v�: abertura, integridade, coragem e dignidade.<span helvetica","sans-serif";mso-bidi-font-family:
Minha alma �
tatuada de instantes,
alguns deles t�o marcantes,
que os riscos vazam � epiderme
e denunciam, em cicatriz colorida,
muito mais do que devem:
quem eu sou,
ou deveria,
caso aceitasse a constru��o que me faz por dentro a
vida.
Mas rabisco
por cima com tribais enormes,
cobrindo as exposi��es t�o viscerais do que n�o controlo
com s�mbolos de povos em cujo solo nunca pisei,
ou carpas, caveiras mexicanas, coroas de Rei,
corujas que espelhem a sabedoria
que minha mente emana,
ou admira,
pois as tintas que me brotam espont�neas,
delatando marcas de fragilidade, fragmenta��o,
das m�goas que n�o aguento,
precisam ser vestidas por uma tela
cujos desenhos nada mais digam
al�m da narrativa que pretendo escrever alma adentro,
ensinando minhas entranhas a serem quem Eu quero
na faca,
na agulha,
no berro!
Adriano
Dias
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