Muitas vezes eu tamb�m j� me perguntei se adianta a gente se empenhar para abrir o cora��o num tempo de tantos cora��es rigidamente trancados, em que o medo parece dar as cartas e descartar possibilidades de troca, espontaneidade e amor.

Houve instantes em que duvidei e me questionei se n�o seria mais seguro, mais tranquilo, mais f�cil, tentar interromper o fluxo e fechar o meu cora��o de novo. No m�ximo, deixar apenas uma fresta aberta por onde espiar a vida de longe.

Embora n�o seja necessariamente mais seguro, mais tranquilo, muito menos mais f�cil, continuo sentindo que � bem mais leve, alegre e desapertado viver com o cora��o mais aberto. Sobretudo, para n�s mesmos. Ainda que �s vezes a gente sinta estar na contram�o. Ainda que �s vezes esse nos pare�a ser um movimento solit�rio.

No m�nimo, corre mais vento.

Ana J�como