N�o cabes no teu nome, b�zio aberto,
E transbordas em ondas,
Espumoso como um vinho singular,
Salgado e azul,
S� bebido por n�ufragos
E nascituros.
Da terra, a olhar-te,
Embebedam-se os olhos
Dos poetas.
Mas excedes, tamb�m, os versos do seu canto
Oceano, oceano, oceano,
Grita do c�u uma gaivota inquieta,
Desamparada, a asa do finito
Mede, aterrada, as l�guas do infinito...
Miguel Torga, in Di�rio IX (1964)