Ame-me como sou, ame o melhor e o pior de mim, eu sei quem sou e n�o minto; porque mentir para si mesma � como a rosa querer acreditar que n�o tem espinhos.
Para me amar � s� come�ar, para manter-me em teu canteiro � s� regar. Estarei sempre bela rosa l�; at� o dia em que n�o estarei mais. As l�grimas em rosas murchas servem apenas para virar arte, tocam a alma mas n�o reavivam a lenta morte.
Seca estarei aos poucos se teus ventos n�o me sacudirem, seca estarei se teu sol e tua chuva em mim n�o mais tocarem. Admirar � f�cil, prender tamb�m, mas por pouco tempo, pois meus espinhos te ferir�o e minhas p�talas uma a uma cair�o por entre teus dedos.
Cultive o amor como cultivas uma rosa. � preciso paix�o e maestria, paci�ncia e ousadia. A rotina morna mata lentamente e minhas queixas virar�o prosa.
Ame-me com a f�ria de um mar em dia de tempestade, morda minhas costas como um le�o faminto e me leve ao parque para sentar ao teu lado na grama. Serei tua c�mplice de banheiro, companhia de cozinha, parceira de aventuras e tua amante na cama; a Deusa, a bruxa a mucama.
Esteja atento aos sinais, meu bem... Sinta meu corpo, meu beijo, decifre meu olhar. Estarei sempre exalando para ser cheirada, sempre rubra para ser notada, sacudirei cabelos e p�talas, dan�arei ao som do vento para que me queiras, usarei a melhor seda para te celebrar.
Ame-me como sou, ame o melhor e o pior de mim, eu sei quem sou e n�o minto; porque mentir para si mesma � como a rosa querer acreditar que n�o tem espinhos.