Elvis Presley
Esse pequeno texto conta resumidamente a vida de um dos maiores �dolos do rock & roll., Elvis Presley. A hist�ria de sua vida � impressionante. Elvis Aaron Presley, Nasceu em Tupelo, Mississipi, USA, em 8 de Janeiro de 1935, e faleceu em Memphis, Tennesee, USA, em 16/08/1977. O Nascimento de Elvis Presley foi um acontecimento que a m�e dele quis interpretar como um sinal dos c�us, cujo significado n�o conseguia entender completamente. Gladys Love Smith tinha-se casado aos 22 anos com Vernon Elvis Presley, cinco anos mais jovem, no dia 17 de junho de 1933, quando os Estados Unidos passava pelos piores momentos da Depress�o. Para o jovem casal, o nascimento dos g�meos que esperavam era ao mesmo tempo uma ben��o e uma fonte de preocupa��es, devido � extrema pobreza na qual viviam.
Ao chegar o momento do parto, o primeiro beb� nasceu morto e depois de 30 minutos, ao contr�rio do que esperava o m�dico, o segundo nasceu vivo e cheio de energia. O beb� falecido foi enterrado no dia seguinte com o nome de Jess� Garon, e no entanto, ficou para sempre na mem�ria de Gladys, quem �s vezes referia-se � ele como se ainda estivesse vivo e, outras vezes fantasiava sobre o que ele poderia ter sido na vida. A sombra alongada de Jess� Garon atingiu Elvis tamb�m. Este, nos �ltimos anos de sua vida, afirmava manter conversa��es com seu irm�o, quem o acompanhava tanto nos shows quanto na sua mans�o majestosa Graceland. Graceland , situada em Menphis e adquirida em mar�o de 1957, seria a sua resid�ncia permanente, um reduto onde ele ensaiavaos seus shows, recebia as suas amantes, acumulava cole��es de discos de ouro armas e licen�as da pol�cia. Ap�s a morte de Elvis, Graceland foi transformada num museu e centro de peregrina��o para o seu n�mero de adeptos crescentes.A morte de Jess� Garon fez com que Gladys se dedicasse ao cuidado do seu outro filho, registrado com o nome de Elvis Aron por engano do funcion�rio de plant�o (posteriormente foi retificado legalmente como Aaron).
A rela��o entre a m�e e o filho beirou a obsess�o e, quando Elvis atingiu a fama, encheu os pais dele de presentes especialmente para a sua m�e levando-os a morar com ele em Graceland. No entanto, Gladys n�o assimilou totalmente o sucesso do filho de forma que passou por conflitos emociaonais graves. Por um lado, preocupada com a sua pr�pria imagem, tendente � obesidade e incompat�vel com a imagem p�blica do filho e, por outro lado, com ci�mes de Elvis, porque sua atividade o mantinha longe dela, come�ou a refugiar-se no barbit�ricos e no �lcool, at� que em agosto de 1958 sofre uma grave crise hep�tica que lhe ocasionou Uma parada card�aca. A morte de Gladys representou um golpe duro para Elvis que, segundo as pessoas mais pr�ximas ele nunca conseguiu superar. Na rela��o de Elvis com a m�e dele � que se baseou a lenda da primeira visita de Presley aos est�dios de grava��o, com a inte3n��o de gravar um disco e oferece-lo como presente de anivers�rio. Gladys fazia anivers�rio no dia 25 de abril e Elvis entrou nos est�dios de Sam Phillips no dia 18 de julho. A possibilidade de que Elvis desse um presente de anivers�rio tardio ou que adiantasse o do anivers�rio seguinte � muito remota, motivo pleo qual n�o � dif�cil deduzir quais foram os verdadeiros motivos que o levaram a gravar, na sua primeira sess�o de grava��o uma m�sica popularizada por Ink Spoots intitulada �My Hapiness� e �That�s When Your Heartaches Begin�.
A m�sica pode trer sido uma forma de evas�o para o pequeno Elvis, criado num ambiente de pobreza absoluta. O Pai dele, Vernon Elvis, foi condenado a tr�s anos de pris�o por modificar o valor de um cheque de tr�s d�lares (transformou-o num de oito d�lares), e quando, em 1941, foi posto em liberdade, teve s�rias dificuldades para encontrar trabalho, inclusive em Menphis, cidade para a qual se mudou com a sua fam�lia em 1948. Entre as mudan�as freq�entes de domic�lio dos Presley, Elvis sempre encontrava tempo para ir � Igreja escutar os salmos e os gospel l� interpretados. Essa bagagem musical muito lhe serviu quando ele, aos dez anos, deu os seus primeiros passos como cantor solista e interpretou a balada �Old Shep�, vestido de cowboy em cima de uma cadeira, num concurso escolar. O seu show foi um acontecimento na fam�lia e, al�m dos cincos d�lares que recebeu, correspondentes ao segundo pr�mio, no seu seguinte anivers�rio ganhou de presente um viol�o que o tio dele lhe ensinou a tocar. Durante os �ltimos anos do col�gio, Elvis j� era uma figura admirada pelos seus companheiros pela sua forma de cantar e por sua imagem de pessoa desarraigada, com o cabelo comprido tingido de preto e penteado no estilo de Tony Curtis (Ator de Cinema) , com costeletas largas e vestu�rio chamativo. Sem d�vidas, foi a aclamada interven��o que realizou no espet�culo do col�gio, em abril de 1953, dois meses antes de obter o seu diploma de gradua��o, o que o empurrou a aparecer com o seu viol�o no Memphis Recording Service, isto � Sun Records, para realizar a j� hist�rica primeira grava��o privada. Elvis informou � secret�ria, Marion Kesiker, que a sua forma de cantar n�o se parecia � de nenhum outro int�rprete, depois gravou suas m�sicas, pagou cinco d�lares de taxa e foi embora com o seu single precioso debaixo do bra�o. Marion Keisker, impressionada, interessou-se pelo nome e n�mero de telefone, informa��o que passou pontualmente ao propriet�rio do neg�cio, Sam Phillips.
Passaram ainda mais seis meses antes de que Elvis estacionasse diante do est�dio de grava��o o caminh�o com o qual trabalhava e se decidisse a gravar �Casual Love Affair� e �I�ll Never Stand In Your Way�. Neste ocasi�o, Sam Phillips sim se encontrava no est�dio e p�de apreciar ao vivo o estilo pessoal de Elvis e aconselh�-lo a continuar trabalhando. No dia 26 de junho de 1954 ligou para o jovem motorista de caminh�o para que fosse a uma sess�o na qual tinha falhado um cantor solista. Ele n�o ficou satisfeito com �Without You�, por�m no dia 5 de julho seguinte, Phillips reconheceu por fim, o som que havia estado esperando.
Acompanhado pelo violonista country Scotty Moore e o baixo Bill Black, Elvis Presley estava nervoso demais e era incapaz de oferecer uma boa interpreta��o dos temas previstos. Num descanso, come�ou a cantar o blues de Arthur Cudrup �That�s All Right (Mama), acompanhando a si pr�prio no viol�o, e Moore e Black juntaram-se a ele de forma espont�nea. Qualquer esfor�o anterior em outro sentido ficou definitivamente descartado. Phillips fez com que eles gravassem aquela m�sica como o lado A de um single no qual tamb�m estava �Blue Moon Of Kentucky�, e correu para oferece-lo a um locutor de r�dio amigo dele. O efeito de �That�s All Right (Mama)� e de �Blue Moon Of Kentucky�, com as suas arrojadas inflex�es vocais refor�adas pelo acompanhamento violon�stico penetrante de Moore e Black, foi instant�neo e surpreendente. As liga��es recebidas no programa �Red, Hot and Blue� obrigaram a repetir o disco umas 14 vezes, enquanto o locutor realizava diversas chamadas para localizar Elvis e convida-lo � emissora para entrevista-lo. Finalmente, Elvis, que desfrutava com toda tranq�ilidade de uma sess�o de cinema compareceu � emissora. �N�o tenho nem id�ia do que significa ser entrevistado�, advertiu ao chegar; �Simplesmente n�o diga bobagens, o aconselharam. Elvis segiu o conselho � risca. Literalmente, da noite para o dia, Elvis transformou-se nu personagem a n�vel local, e o disco, quando foi posto � venda no dia 9 de julho, atingiu uma cifra inicial de vendas de 20.000 exemplares. Sam Phillips havia encontrado �o branco que cantava como um negro� e as suas palavras prof�ticas pareciam querer transformar-se em realidade.
As apari��es ao vivo e nas emissoras de r�dio come�aram a acontecer e as pessoas se surpreendiam ao comprovar que o dono daquela voz n�o era um int�rprete negro, por�m um jovem branco e atraente. No dia 10 de setembro, Elvis voltava � Sun Records para gravar �Just Because�, �Good Rockin�, de Roy Brown, e �I Don�t Care If The Sun Don�t Shine�, e no dia 20 de dezembro �Milcow Blues Boogie� e �You�re A Heartbreaker�. Durante estes meses e quase todo o ano de 1995, as interven��es no programa de r�dio �Louisiana Hayride� e os shows em lugares que anteriormente nunca nem tinha ouvido falar na escola foram acontecendo um detr�s do outro. Nos cartazes era anunciado como �The King Of Western� Bop e The Hillbilly Cat� em letras cada vez maiores. O seu magnetismo sobre o p�blico, em especial adolescente, era ins�lito, e o fen�meno n�o deixou de chamar a aten��o do perspicaz promotor Coronel Tom Parker. Este, em maio de 1955, apresentou-se ao disk jockey Bob Neal, que agia como representante de Elvis e lhe ofereceu os seus conselhos sobre a forma de levar a carreira do cantor, al�m de garantir-lhe uma s�rie de shows nas cidades mais importantes.
A Presen�a de Parker fez-se constante e, finalmente, em agosto, poucos dias depois do lan�amento do single que continha �Mistery Train�, de J�nior Parker, e �I Forgot to Remember to Forget�, o Coronel assinava seu primeiro contrato mefistot�lico com Elvis.�Mistery Train�, para muitos cronistas o single por antonom�sia do rock & roll, foi o �ltimo que Elvis gravou para a Sun Records. Depois de longas conversa��es com tr�s gravadoras, o Coronel Parker e Sam Phillips aceitaram os 35.000 d�lares que a RCA Victor ofereceu por contratar Elvis. Este valor, importante para a �poca, foi desvirtuado com o tempo ao englobar tamb�m os singles gravados por Elvis para a Sun Records. O rendimento destes cinco discos no mercado n�o demorou em multiplicar o seu valor at� atingir cifras astron�micas, por�m no momento do acordo, Sam Phillips preferiu potencializar a carreira de Carl Perkins. Elvis voltou a Sun Records para cumprimentar Phillips no dia 4 de dezembro de 1956, acompanhado pela sua noiva do momento. L� estava Perkins em plena grava��o acompanhado por Jerry Lee Lewis no piano. De maneira informal, Presley come�ou a cantar com eles enquanto Phillips fazia com que o engenheiro de som pusesse a gravadora para funcionar. Johnny Cash tamb�m apareceu pelo est�dio e contribuiu com o seu pequeno gr�o de areia. Todo o material gravado permaneceu in�dito no arquivos de Sam Phillips at� que em 1977 o comercializou de forma semi-pirata, utilizando o nome eufem�stico de Million Dollar Quartet, j� que por problemas comerciais com outras casas de discos n�o podia utilizar o dos componentes . V�rios anos mais tarde, a RCA relan�ou a sess�o lend�ria de forma oficial.
Para Elvis Presley, a Sun Records tinha sido a plataforma de lan�amento e decolagem. na RCA Victor come�ou uma viagem estratosf�rica que ainda n�o acabou. A a��o mais imediata na gravadora, ap�s a assinatura do contrato inicial por tr�s anos e enquanto preparavam as estrat�gias a seguir com a sua nova estrela, foi relan�ar o single de �Mystery Train�. Depois preparou a primeira sess�o de grava��o, que aconteceu em Nashville, no dia 10 de janeiro de 1956, dois dias depois do 21� anivers�rio de Elvis. Elvis ia acompanhado por Stotty Moore, Bill Jack, o baterista D.J. Fontana, o pianista Floyd Cramer e Chet Atkins, quem al�m de tocar viol�o, trabalhava como produtor. Desde as primeiras horas da tarde a at� de madrugada foram gravados �I Got A Woman�, �Money Honey�, �I�m Couting On You�, �I Was The One� e �Heartbreak Hotel� . Aos cinco meses do seu lan�amento, �Heartbreak Hotel� tinha vendido 1.350.000 c�pias, que aumentavam para um ritmo de 70.000 semanais, deixando todo o pa�s estupefato com sua amargura. Absolutamente original no fundo e na forma, com uma interpreta��o de Elvis que destilava amadurecimento e emo��o e um acompanhamento extraordin�rio, esta j�ia a qual n�o se pode negar a qualidade de uma obra prima, sitoou-se o n�mero um das paradas de rhythm & blues durante oito semanas.
O debut de Elvis na RCA n�o podia ser mais prometedor. Naquele m�s de janeiro, a imagem de Elvis come�ou a ficar conhecida pelo p�blico majorit�rio ao aparecer em v�rios programas de TV. A eclos�o do rock era um tema da atualidade e os �ndices de audi�ncia uma eterna batalha entre as emissoras. O c�mico Milton Berle contratou Presley para o seu show e conseguiu uma audi�ncia que nunca mais voltou a atingir. Os jovens enlouqueciam e os adultos se escandalizavam com os rebolados provocativos de Elvis, culminando com ele de joelhos no ch�o. Ganharia assim mais um apelido, o de Elvis P�lvis, e os operadores de c�maras de TV foram obrigados a filmar Elvis somente da cintura para cima.
A sexualidade que emanava Elvis Presley fez com que Ed Sullivan declarasse que jamais o levaria ao seu programa. Sullivan teve que morder a l�ngua quando o popular programa de TV que apresentava foi arrasado pelos �ndices de audi�ncia do seu concorrente, Steve Allen. Foi no show de Allen onde Elvis Presley apresentou o hist�rico single que continha �Don�t Be Cruel� e �Hound Dog�, que cantou a um podengo. Esta foi a primeira de uma s�rie de m�sicas compostas pela dupla Mike Stoller e Jerry Leiber que era interpretado por Elvis e que testavam seus poderosos recursos vocais. Onde se p�de apreciar melhor a ductilidade vocal de Elvis foi no seu primeiro LP, lan�ado com o t�tulo Elvis Presley. Neste LP coincidiam as suas ra�zes country, os cl�ssicos do rhythm & blues, sucessos recentes do Little Richard (Tutti Frutti) e o seu colega Carl Perkins (Blue Suede Shoes), e uma balada cl�ssica como �Blue Moon�. Ao finalizar 1956, Elvis j� era uma institui��o reconhecida pelos totens da televis�o, tinha vendido uns 10 milh�es de discos somando os singles e LPs e, em definitiva, era uma m�quina de fazer dinheiro imposs�vel de parar.
O simples an�ncio de que Elvis podia ser recrutado para o servi�o militar desatou a atividade do Coronel, da RCA e dos est�dios cinematogr�ficos. No decorrer de poucos meses, Elvis gravou m�sicas suficientes para abastecer o mercado durante tr�s filmes; dois dos quais ficaram para a hist�ria, Jailhouse Rock, com coreografias memor�veis, e King Creole. O permitir que Elvis fizesse o servi�o militar foi uma jogada mais do Coronel Parker. Devido � imagem negativa que n�o deixavam de fomentar os setores mais reacion�rios, v�rios DJs foram demitidos por divulgar os discos dele, incluindo sua vers�o de �White Christmas�, o mostrar a Elvis como um fiel servidor da p�tria podia ajudar a mudar esta atitude para com ele. Por outro lado, era uma fonte nova de merchandising a acrescentar � j� existente. Do famoso corte de cabelo do recrutamento, no dia 24 de mar�o de 1958, a todas as variantes poss�veis de Elvis de uniforme passaram a encher p�ginas e p�ginas da imprensa e a serem exploradas em capas de discos.
Durante o cumprimento do seu dever para com a p�tria e poucos dias antes de ser destinado � Alemanha, Elvis sofreu o duro golpe que foi a morte de sua m�e. Encontrou um consolo relativo nas artes marciais e numa jovem de 14 anos chamada Priscila Beaulieu, com quem se casaria em 1967, quando esta j� era maior de idade e Elvis estava livre de sofrer a repulsa popular que padeceu Jerry Lee Lewis. Por sua vez, O Coronel supervisava dos Estados Unidos o lan�amento de �Wear My Ring Around Your Neck�, �Hard Herded Woman�, �One Night�, �I Got Stung! �A Fool Such AS I� e �A Big Hunk O�Love�. Quando Elvis Presley reapareceu, em 1960, o p�blico quase n�o tinha sentido falta dele, por�m ele tinha mudado claramente. Mais maduro e domesticado, podia acompanhar Frank Sinatra no seu show televisivo e cantar �Witchcraft� e dupla com �La Voz� sem irritar os intelectuais e no seu repert�rio cabiam temas de diversa proced�ncia que mais pareciam dirigidos �s m�es dos seus f�s: �It�s Now Or Never�, adaptado da can��o �Torna a Sorento�, �Are You Lonesone Tonight?� gravado originalmente p� Al Jolson em 1927.
Salvo algumas exce��es, como �Crying in the Chapel�, gravada em 1960, por�m lan�ada em 1965, os singles cujas can��es compunham Doc Pomus e MOrt Shuman �Mess Of Blues� �Little Sister� e �His Latest Falme ou �(You�re The) Devil in Disguise� seus albums, baseados nas trilhas sonoras dos filmes foram diminuendo em interesse intr�nseco e muito mais se se compara com a eclos�o que o panorama musical vivia naqueles momentos com o aparecimento dos grupos brit�nicos, encabe�ados por The Beatles e The Rolling Stones. Em 1967, Elvis era um perfeito has been, uma sombra de si mesmo que no lugar de receber um tratamento estrelar pela sua m�sica, o recebia pelo seu casamento com Priscilla. De alguma forma soube reagir a tempo e, quando o Coronel comunicou-lhe a sua vontade de filmar um especial de natal para a televis�o, negou-se convicto tal como fizeram os pr�prios executivos da NBC. Em viz disso, foi gravado o especial �Elvis� com uma hora de dura��o, onde o � o Rei� parecia ressurgir diretamente do passado, justo uma d�cada antes, quando estava a ponto de ser chamado para servir o ex�rcito. Para os seus seguidores foi um reencontro com O Elvis que tinham adorado. Para as novas gera��es foi o descobrimento de um personagem com a aura de lenda que era elogiado por cr�ticos televisivos e musicais. Para o pr�prio Elvis foi a dose necess�ria de confian�a em si mesmo que lhe fez afrontar as novas sess�es de grava��o das quais surgiu um espl�ndido From Elvis In Memphis e os impressionantes singles �In The Gheto� e �Suspicious Minds�. Com o in�cio dos anos setenta Elvis conseguiu impor o seu estilo e uma nova imagem em Las Vegas, algo que n�o tinha conseguido em 1956, quanto apresentou-se pela primeira vez.Inspirando-se em vestidos victorianos ajudou a desenhar o seu novo figurino, carregado de j�ias e pedraria.
O �efeito L�s Vegas� n�o demorou em revelar-se artisticamente t�o castrador como o Coronel Parker. Elvis era aclamado nos seus shows, nos quais repetia os seus sucessos do passado a um p�blico ocioso para quem o seu show era um luxo mais na cidade do jogo. Por�m, nos est�dios de grava��o n�o apareciam temas novos que ajudassem a manter as esperan�as renascidas. Elvis voltou a transformar-se em L�s Vegas numa m�quina de fazer dinheiro com um envolt�rio diferente. Oferecia tr�s novos shows di�rios sete dias na semana. O consumo de f�rmacos incrementava-se e ningu�m no seu circulo de amigos/guarda-costas, �The Memphis M�fia�, atrevia-se a contrariar o �Rei�.O div�rcio entre eles e Priscilla, por causa da sua infidelidade constante e sua nada oculta atra��o por ninfetas, fechou-o mais ainda em si mesmo, procurando nos livros m�sticos e nas drogas uma evas�o absoluta.
Em Graceland instalou uma camionete, chamada de �Drugstore�, na qual vivia permanentemente uma enfermeira rodeada de todos os f�rmacos imagin�veis. � meia-noite, antes de jantar, Elvis tomava uma dose de umas 11 drogas diferentes, batizadas pelos seus assistentes como �Ataque 1�. O trabalho deles e da enfermeira era controlar Elvis para que n�o ca�sse de bru�os sobre a comida e morresse asfixiado. Umas horas mais tarde tomava uma segunda dose de pastilhas (�Ataque 2�) e, quando j� tinha dormido 4 ou 5 horas,administravam-lhe uma terceira dose (�Ataque 3�). Segundo David Stanley, irm�o de cria��o de Elvis, este conhecia todos os medicamentos para iludir a realidade e chegou a confessar que preferia viver num estado de inconsci�ncia a sentir-se infeliz. Os excessos dos seus �ltimos anos provocaram a morte dele, em agosto de 1977, por disrritmia card�aca, segundo o relat�rio m�dico.
A press�o dos meios de comunica��o desvelou-se que no exame de sangue tinha-se detectado a presen�a de butabarbital, code�na, morfina, fenobarbital, Placidyl, Quaalude, Valium e Valmid. Como � habitual, o interesse necr�filo disparou as vendas dos seus discos, por�m, ao contr�rio do que em outros casos, estas n�o diminu�ram nunca e Elvis Presley continua sendo hoje uma fonte de ingressos t�o ou mais saud�vel que a sua intensa vida. A �elvismania�, que tomou Graceland um centro de peregrina��o e qualquer objeto relacionado com o seu �dolo em pe�a de colecionador digna de adora��o, chegou ao extremo de remeter cartas, com selo comemorativo, impresso em 1993, a endere�os falsos e assim recebe-la de novo com o carimbo �Return to Sender�, t�tulo de um dos seus grandes sucessos. Dizeres de Elvis Presley: Somente posso ser eu pr�prio quando atravesso a porta do meu quarto e a fecho por dentro�