A morte de Elvis Aaron Presley no dia de 16 de agosto de 1977, causada por colapso fulminante associado � disfun��o card�aca, surpreendeu o mundo, provocando como��o como poucas vezes fora vista em nossa cultura; inclusive no Brasil. Os f�s se aglomeraram em maior n�mero em frente a mans�o. As linhas telef�nicas de Memphis estavam t�o congestionadas que a companhia telef�nica pediu aos residentes para n�o usarem o telefone a n�o ser em caso de emerg�ncia. As floriculturas venderam todas as flores em estoque. O vel�rio aconteceu no dia 17. Alguns, dos milhares de f�s, puderam ver o caix�o por aproximandamente 4 horas.
Por volta das 3 da tarde do dia 18 a cerim�nia para familiares e amigos foi realizada, com can��es gospel sendo cantadas pelos �Stamps� (Grupo vocal gospel) e por Kathy Westmoreland (cantora), ambos fizeram parte do grupo musical de Elvis na d�cada de 70. Ap�s a cerim�nia todos foram levados at� o cemit�rio em limusines, logo em seguida o corpo de Elvis � enterrado.
Inicialmente pensado para dezembro, o programa especial Elvis in Concert foi levado ao ar em outubro e registrou uma das maiores audi�ncias da hist�ria da rede americana CBS. Ainda que portador de imagens constrangedoras de sua fisionomia e condi��es f�sicas, o programa mostrou-nos um profissional despojado e empenhado em tentar superar-se e apresentar-se da melhor forma poss�vel. Entretanto, o que poderia ter sido uma cat�strofe para a sua carreira em vida, emocionou um mundo saudoso e agradecido. Musicalmente, o programa mostrou um Elvis Presley apegado ao seu maior trunfo, sua verve de grande int�rprete e, munido de maturidade e extens�o vocal surpreendente, mais uma vez impactou a todos com a profundidade e eloq��ncia de suas interpreta��es, mais uma vez revolucion�rias. At� agosto de 1977, Elvis vendera 600 milh�es de discos, entre 150 �lbuns e singles; superior a qualquer outro artista. At� 2005, estima-se por volta de 2 bilh�es de exemplares, recorde absoluto, coroado com centenas de discos de ouro, platina e, mais recentemente, multi-platina. Entre seus muitos pr�mios, est�o 14 indica��es ao Grammy, com 3 premia��es; cabe destacar, just�ssimas; mormente se considerarmos os pr�mios anteriormente n�o outorgados, possivelmente, por preconceito. E segundo alguns, porque Elvis Presley foi um artista popular, um sujeito - desde sempre - a frente do seu tempo; inserido em uma engrenagem s�cio-hist�rica-cultural bastante complexa, e para os mesmos, n�o � pouca coisa.
Depois de seu falecimento, v�rios acontecimentos tornaram Elvis Presley ainda mais famoso e at�, segundo alguns, memor�vel; conseq�entemente, mais pessoas tornaram-se f�s de sua obra. Posto o �dolo, inaugurou-se o mito, eterno, redentor e fonte inesgot�vel de idealiza��es. Seu sucesso foi, e ainda �, astron�mico! Em 1979 foi realizado o primeiro filme biogr�fico, para a TV, chamado �Elvis�; no Brasil, intitulado �Elvis N�o Morreu�, interpretado por Kurt Russell. Em 1981, produziu-se um document�rio, avaliado como excelente, denominado This is Elvis; no Brasil, �Elvis o �dolo Imortal�. No ano seguinte, abriu-se ao p�blico, ainda em car�ter bastante amador, a mans�o Graceland; ainda habitada por alguns parentes. No ano de 1984, Elvis Presley foi homenageado pela funda��o do blues e pela academia de m�sica country. Posteriormente, em 1985, lan�ou-se com enorme sucesso, sendo considerado pela cr�tica da �poca como �timo, o livro �Elvis e Eu�, escrito por Priscilla Presley e Sandra Harmon; que seria transformado, em 1988, em filme para a TV, tamb�m muito bem sucedido. Passado o impacto de sua morte, os primeiros anos da d�cada de 80 foram de relativa obscuridade para Elvis Presley. O livro de Priscilla foi um importante �divisor de �guas� para dias mais pr�speros. Prosseguindo com as homenagens, em 1986, Elvis entrou para o hall da fama do rock, na categoria de s�cio - fundador. Em 1987, a American Music Awards lhe concedeu � �in memoriam� - pr�mio pelo conjunto da obra. A mans�o Graceland foi considerada patrim�nio hist�rico dos EUA �(national register of historic places)�, em 1991. Elvis Presley, com justi�a, foi agraciado com o t�tulo de s�cio - fundador do hall da fama do rockabilly, em 1997. Nesse mesmo ano, realizou-se, pela primeira vez, o mega-espet�culo �Elvis The Concert�, com suas imagens em tel�o, musicistas de sua banda ao vivo e orquestra. Em 1998, nova homenagem, desta feita, ingressou no hall da fama do country e, em 2001, seria a vez do hall da fama do gospel. Em 2002 uma nova �Elvismania� tomou conta do mundo. Elvis Presley foi �redescoberto�, gra�as a uma manobra genial da Elvis Presley Enterprises, de bi�grafos-colecionadores e de um DJ holand�s. O remix da m�sica �A Little Less Conversation� e o disco Elvis: 30 #1 Hits obtiveram estrondoso sucesso em todo o mundo, apresentando o artista �s novas gera��es. No ano seguinte, novo �xito, com grande destaque mundial para o remix de �Rubberneckin�, seguido pelo CD 2nd to None. Entusiasmada com as vendagem, a �m�quina� disponibilizou, em 2004, dois pacotes de DVDs de dois dos seus maiores momentos televisivos: os especiais �Elvis NBC TV Special� e o �Aloha from Hawaii�, novos recordes de vendagem. Nesse mesmo ano, Elvis Presley foi elevado � categoria de s�cio - fundador do hall da fama da m�sica brit�nica. O filme Jailhouse Rock galgou patamar honroso entre os filmes norte-americanos; imortalizado, tamb�m em 2004, entrando para o �Registro Nacional de Filmes� dos EUA. No ano de 2005, o 70� ano de seu nascimento foi celebrado. Em uma hist�rica vota��o realizada pelo site AOL, maior grupo de comunica��o do mundo, Elvis Presley foi eleito o 8� maior norte-americano de todos os tempos, em todas as �reas; o 5� do s�culo XX e o 1� dentre os artistas. No ano de 2006, Graceland foi designada como �lugar hist�rico americano� (national historic landmark) pelo ministro do interior dos EUA. At� 2006, quase trinta anos ap�s sua morte, Elvis vive; e acresce dezenas de milh�es de d�lares anualmente ao seu esp�lio.
Drogas e medicamentos
Elvis usava ou n�o drogas il�citas como cocaina, maconha e etc? Elvis fumava cigarro esporadicamente, como pode ser visto em algumas fotos raras. O que est� provado � que ele se viciou em medicamentos, perdendo totalmente o controle a partir dos anos 70, quando o dr. George Nickopoulos receitava abusivas doses de medicamentos para Elvis, culminando assim na sua morte em 77. O referido m�dico foi levado ao Tribunal em 1981, acusado de receitar a Elvis um tratamento m�dico �ultrajante�, mas foi absolvido. O fato � que Elvis era uma pessoa altamente complexa em sua vida pessoal e art�stica, uma pessoa de temperamento dif�cil, transformava-se de um instante para outro de uma pessoa alegre, simp�tica e falante em uma pessoa carrancuda e at� mesmo infeliz; era, segundo pessoas pr�ximas, hipocondr�aco, o que talvez explique sua paran�ia pela leitura de bulas de rem�dios e a alta quantidade de rem�dios que ingeria, tinha problemas no c�lon (descolamento), o que lhe causava horr�veis dores, al�m de problemas no f�gado, essas enfermidades deterioraram todo o seu organismo e provocaram o mal card�aco culminando com sua morte. Segundo J. D. Sumner, Elvis relatou em certa ocasi�o que tinha a impress�o que n�o alcan�aria os 50 anos de idade, pelo fato de outros familiares terem falecido antes de completar essa idade.
Uma outra pol�mica envolvendo o nome de Elvis � a famosa frase �Elvis N�o Morreu�, surgida devido a repetitiva propaganda feita na TV brasileira, para a divulga��o do filme de mesmo nome. Para alguns, essa frase tem um forte apelo comercial e de marketing, entretanto, muitos de seus f�s acreditam piamente que Elvis realmente ainda est� vivo, ou, pelo menos, n�o morreu na data considerada oficial.
Muitos afirmam que Elvis j� foi visto em diferentes localidades e que existiriam v�rias coincid�ncias em sua suposta morte que comprovariam uma certa arma��o. Muitos dos que n�o acreditam nessa hip�tese de Elvis estar vivo, dizem que simplesmente � mais uma daquelas teorias conspirat�rias.
A frase igualmente tornou-se um jarg�o bastante difundido e usado pelos f�s e n�o-f�s de Elvis Presley em alus�o a uma lenda urbana de que Elvis n�o teria de fato morrido e estaria vivendo numa ilha. A express�o tamb�m pode significar que Elvis � �imortal� na mem�ria dos f�s.