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Elvis Presley

30 Anos sem Elvis Presley
relembre os filmes de sua carreira


Elvis Aaron Presley

Ama-me com ternura

Feiti�o Havaiano

Elvis era assim


Um estranho chamado Elvis

Bubba Ho-Tep

Num s�bado, em meados de 1953, Elvis Aaron Presley foi at� o est�dio da Sun Records em Memphis e gravou um disco com uma m�sica de cada lado para presentear a sua m�e, pagando tr�s d�lares e noventa e oito centavos. Depois disso, a hist�ria do rock nunca mais foi a mesma. Ele n�o era o melhor m�sico de sua �poca, mas era o cara certo no momento certo com a equipe certa e o empres�rio certo. Ele tinha a voz negra e o rosto branco que as gravadoras estavam procurando, sabia muito bem escolher o seu repert�rio e seu empres�rio, o �Coronel� Tom Parker, sabia exatamente qual rumo dar � sua carreira.

Elvis fez a sua primeira grava��o profissional em julho de 1954. Pouco tempo depois assinou o contrato com o �Coronel�, que ficava com 20% a 50% dos lucros. Parker tra�ou um plano de divulga��o que envolvia uma superexposi��o de Elvis na m�dia. Na televis�o, em 1956, apareceu pelo menos doze vezes em cadeia nacional, mas os censores proibiam que aparecesse da cintura para baixo devido aos seus requebrados p�lvicos. Segundo um jornal de Nova York, Elvis �n�o cantava nada, compensava a imperfei��o vocal com uma estranha e francamente sugestiva dan�a de acasalamento abor�gene�.

O cinema tamb�m era um ponto central na estrat�gia de Parker. Em 1956, Elvis estrelou seu primeiro filme. O t�tulo seria The Reno Brothers, mas foi alterado para Love me tender (no Brasil, Ama-me com ternura) para promover a can��o de mesmo nome. Depois deste, ocorreu uma enorme sucess�o de filmes, de dois a tr�s num mesmo ano. Entre 1956 e 1969, Elvis estrelou nada menos que 31 produ��es. Para Parker, o objetivo desses filmes era simples: vender discos, as trilhas sonoras. Elvis, ao contr�rio, ambicionava uma carreira s�ria em Hollywood, algo independente da sua carreira musical. Os produtores, por�m, n�o precisavam de um ator, mas sim do Rei do Rock.

O problema desses filmes � a chamada �F�rmula Elvis�, isto �, a maioria dos filmes possu�a um enredo muito parecido. Geralmente Elvis era um rapaz pobre, adorado pelas mulheres, envolvia-se em algumas brigas e cantava nas horas vagas. Mudava-se a profiss�o dos personagens e o cen�rio, mas o resto permanecia igual. Mesmo assim, alguns filmes merecem destaque por ficarem acima da m�dia como O prisioneiro do rock (Jailhouse Rock, 1957), talvez o seu melhor filme; Balada sangrenta (King Creole, 1958), dirigido por Michael Curtiz, o mesmo de Casablanca (1942); Feiti�o havaiano (Blue Hawaii, 1961) e Amor a toda velocidade (Viva Las Vegas, 1964 ). Este �ltimo � considerado por muitos cr�ticos a melhor interpreta��o de sua carreira.

Sem fazer turn�s e gravando discos e filmes fracos, Elvis queria voltar aos palcos. O retorno foi anunciado com um especial de TV chamado Elvis �68 Comeback Special, em que ele voltava �s suas ra�zes roqueiras cantando alguns de seus maiores sucessos. Mostrando-o como um artista maduro, � um dos pontos altos de sua trajet�ria.

Ap�s o fim de sua carreira como ator, Elvis ainda apareceu em document�rios no cinema. O primeiro foi Elvis era assim (Thats the way it is, 1970), registrando a sua volta aos palcos. Em 1972 foi lan�ado Elvis triunfal (Elvis on tour), mostrando cenas de bastidores e can��es de uma turn�. Em 1973, realiza seu projeto mais ambicioso, a transmiss�o de um show das ilhas havaianas via sat�lite, chamado Elvis: Aloha From Hawaii. O concerto foi transmitido para o mundo todo e sua audi�ncia superou a da chegada do homem � Lua.

Elvis chegou a receber uma proposta para atuar no filme Nasce uma estrela (A star is born, 1976), ao lado de Barbra Streisand. Seria o t�o sonhado papel s�rio para dar outro rumo � sua carreira cinematogr�fica, mas o Coronel Tom Parker vetou o projeto porque o nome de Elvis n�o seria o primeiro a aparecer nos cr�ditos. Marlon Brando, Neil Diamond e Mick Jagger foram cogitados para esse papel, que acabou ficando com Kris Kristofferson.

A vida do Rei na tela

Em 1979, sua vida foi tema de um telefilme chamado Elvis n�o morreu (o original � apenas Elvis, mas o t�tulo brasileiro virou uma frase famosa por aqui), dirigido pelo mestre do terror John Carpenter e protagonizado por Kurt Russell. Essa n�o foi a primeira nem a �ltima vez que Russell esteve ligado ao Rei. Seu primeiro papel no cinema foi num filme de Elvis, de 1963, Loiras, morenas e ruivas (It happened at World�s Fair). Ele era um garotinho que chutava a canela de Elvis assim que sa�a do carro. Essa mesma cena foi repetida em 3000 milhas para o inferno (3000 Miles to Graceland), de 2001: no come�o do filme, aparece um garoto chutando a canela de Russell logo depois de sair de um carro vestido de Elvis para uma conven��o de f�s em Las Vegas. Kurt Russell tamb�m fez a voz de Elvis em Forrest Gump (1994).

Outro document�rio Elvis, o �dolo imortal (This is Elvis), de 1981, mistura cenas reais com outras recriadas em est�dio, abrangendo toda a sua vida. A produ��o teve consultoria do Coronel Tom Parker. Tamb�m foram realizados alguns filmes e miniss�ries para televis�o, mas ainda falta um filme definitivo para o cinema.

O legado

Ap�s a sua morte, em 1977, notou-se que Elvis Presley n�o era apenas um m�sico ou mito do rock, ele se tornara um �cone de cultura pop. � dif�cil algu�m n�o saber quem foi Elvis independente de conhecer suas m�sicas ou n�o, faz parte do imagin�rio das pessoas. Por isso, virou refer�ncia em centenas de filmes, citando-o diretamente ou at� parodiando-o. Como essa � uma lista muito grande, vamos nos ater a alguns t�tulos mais interessantes.

Em Mystery train, dirigido por Jim Jarmusch em 1989, um casal de japoneses vai para os Estados Unidos visitar Memphis, onde todos parecem viver da lembran�a de Elvis. Os dois s�o obcecados pelos anos 50, ela adora Elvis e ele prefere Carl Perkins. A produ��o ainda traz a participa��o de alguns m�sicos como Screamin Jay Hawkins, Rufus Thomas, Tom Waits e Joe Strummer, guitarrista do The Clash. Mystery Train � t�tulo de uma can��o de Elvis de 1955, lan�ada originalmente em 1953 pelo grupo Jr. Parker & The Blue Flames (grupo no qual Jimi Hendrix viria a tocar dez anos mais tarde). Essa s�rie de artigos voltar� a falar de Jim Jarmusch mais adiante.

Em Amor � queima roupa (True Romance, 1993), o personagem de Christian Slater recebe conselhos do esp�rito de Elvis, interpretado por Val Kilmer, mas seu rosto n�o � focalizado nenhuma vez. O roteiro � de Quentin Tarantino, que usou o dinheiro do trabalho para poder filmar C�es de Aluguel (1992).

Uma produ��o interessante de 1998 � Um estranho chamado Elvis (Finding Graceland), um road movie em que um jovem perturbado pela recente morte da esposa d� carona a um homem (Harvey Keitel) que diz ser o pr�prio Elvis, mesmo n�o sendo parecido com ele. Ele quer voltar para a sua casa, Graceland. No caminho, passa num show de imitadores de personalidades e encontra Marilyn Monroe, vivida por Bridget Fonda. Um dos melhores momentos � quando Elvis sobe num palco e canta "Suspicious Mind". Seja quem for esse Elvis, ele revela-se algu�m capaz de compreender e apaziguar os problemas dos infelizes que andam pelas estradas.

Para finalizar, um filme no m�nimo curioso, Bubba Ho-Tep, de 2002. Desta vez, o Rei � interpretado por outro �dolo do cinema: Bruce Campbell, o Ash da trilogia Evil Dead.




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