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PARAR PARA PENSAR






 







Mal nascemos, sem dar conta percebemos
Que o nosso tempo come�ou e, por agora, n�o vai parar
E devagar gatinhamos, depois passo a passo caminhamos
Caindo, sorrindo, chorando mas, sem parar para pensar

E � medida que o tempo passa, damos conta que crescemos
E � nossa volta, a novidades nos fazem habituar
Brincamos, sorrimos, dormimos e at� corremos
Na �nsia de aprender mas, sem parar para pensar

J� na escola, de outra forma aprendemos
E mais informa��o p�e o c�rebro a funcionar
Com coisas novas que em grupo desenvolvemos
Onde nem sequer h� tempo de, parar para pensar

Anos depois surgem ventos de mudan�as
E o corpo torna-se diferente e �mpar
E vamos fazendo as nossas pr�prias experi�ncias
Muitas vezes, sem parar para pensar

E anos mais tarde quando nos tornamos grandes
Surge a nostalgia e a vontade de voltar
E � nesses tempos mais ou menos distantes
Que nos lembramos de, parar para pensar

E agora, numa competi��o e sempre a correr
Desde o nosso brusco acordar at� ao deitar
Vemos em pleno a nossa vida a amadurecer
E por isso n�o temos tempo de, parar para pensar

E corremos de manh� para o ganha-p�o
Continuamos a corrida ao almo�o e ao jantar
E a correr vamos por um sonho ou por algu�m
Onde poucas vezes, paramos para pensar

Depois, vivemos a vida para os outros
Porque acreditamos e confiamos na palavra Amar
Mas, at� esses que no fundo s�o bem poucos
�s vezes tamb�m n�o nos deixam, parar para pensar

Lutamos depois por pensamentos e ideais
Aqueles sobre os quais ainda ousamos sonhar
Voltamos a cair, levantamo-nos, e cada vez mais
Nos vai faltando o tempo de, parar para pensar

Em horas de revolta contra o que n�o est� certo
Ganhamos for�as e coragem para denunciar
Mas, os medos da ruptura pairam bem perto
E silenciam o nosso, parar para pensar

E quando os que nos amam, nos v�o deixando
Um a seguir ao outro e �s vezes at� sem contar
Nesses tempos de dor choramos, meditando
Que muitas vezes por eles, n�o paramos para pensar

Os anos v�o-se passando e os tempos mudando
O corpo torna-se fr�gil, com pouca for�a para andar
E empurram-nos para um qualquer canto hediondo
Onde n�o ouvem o nosso delicado, parar para pensar

Mas, um dia acaba a corda do nosso rel�gio
Chega tamb�m o nosso tempo de findar
� nessas horas que, dizem os entendidos
Enfim, finalmente estamos parados para pensar !











 


 


 











 




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