O amor sempre ocupa a mente e o cora��o de pessoas
em todos os tempos.
� ele que move a maioria dos romances, dos poemas,
dos filmes,das m�sicas e a vida de todos n�s.
Dizemos tamb�m que o amor n�o tem idade mas muitos de
n�s enfrentam o preconceito de assumir estar
vivendo outra vez como um adolescente.
Viramos escravos de determinadas regras de conduta
muitas vezes impostas por n�s mesmos.
Este amor maduro deveria ser sin�nimo de renascimento
ou de pulsar a vida, entretanto desistimos com medo
de parecermos rid�culos diante de nossos filhos e netos.
Temos a certeza de que carecemos desse sentimento
em nossas vidas e que n�o h� idade para que ele desperte.
A vida n�o p�ra e muitos de n�s sentem-se sozinhos e
desejamos algu�m que preencha o vazio
de compartilhar esse dia a dia.
Existe a saudade das in�meras sensa��es
de in�cio de namoro,como frio na barriga,
o pulsar desenfreado do cora��o,
as m�os suadas que independem do tempo cronol�gico e
sim do desabrochar de sentimentos.
O amor � a magia, � o habitar um mundo de sonhos onde
o percurso para a realiza��o vira a grande meta.
Ele nasce cheio de energia onde a vontade de estar junto
aumenta assustadoramente contrastando com a calmaria
inerente ao tempo vivido por cada um.
Afloram os desejos e afli��es de estar com algu�m,
gerando tamb�m ci�mes e sensa��es de perdas
diante da falta de h�bitos e das manias adquiridas .
Esses sentimentos entram em conflitos colocando �nos
em desgaste diante de decis�es.
Erradamente muitos optam por viver na mesmice
sem sair da rotina com o medo de ousar acomodando-se
com parcelas de felicidade
como dedica��o exclusiva � fam�lia.
Nesta dualidade vem os anseios da companhia pois
os filhos partem em busca da pr�pria vida e a solid�o da
falta de presen�a se faz notar.
O amor maduro � sereno, � c�mplice, � amigo,
mas tamb�m amante.
O frenesi do princ�pio � compensado
pelo enrolar de pernas
nas noites de frio, pelo vinho em frente � lareira,
pelo abra�o nos dias tristes, a uni�o nas conquistas,
as m�os dadas na cadeira de balan�o
ou o beijo quente e longo
que n�o pode ser esquecido
para que a chama nunca se apague.
O amor � troca e � um suporte de car�ncias duplas
porque temos o olhar do outro sobre nossas ang�stias ,
satisfa��es , alegrias e tristezas.
Um relacionamento n�o pode ser banalizado.
Ele precisa ser fincado e esperar dar frutos
mesmo nas mais fortes tempestades.
Na nossa idade j� nos sentimos
"fora do mercado" dos namoros.
Achamos que dificilmente encontraremos
algu�m para amar e evitamos pensar nisto e,
quando pensamos ficamos tristes.
Procuramos relembrar os amores do passado os bons
e belos momentos que vivemos e achamos, na maioria,
que nunca mais teremos a oportunidade
de namorar novamente.
Esperamos o �ser especial� e n�o percebemos
que o amor vem no simples e no comum.
Aceitar o amor j� � a pr�pria diferen�a.
Fomos feitos para a felicidade numa vida
a dois e o primeiro passo � a permiss�o para viver
sempre o AMOR como
reencontrar o seu pr�ncipe encantado...
Beth Hanriot
bjs
Natty