Na Idade M�dia, o banho, era considerado prejudicial
se tomado em excesso. As pessoas geralmente tomavam
apenas dois ou tr�s banhos ao ano;
e quase sempre por volta do m�s de Maio ou Junho,
quando come�a a primavera na Europa e o clima j�
estava um pouquinho mais quente. Da� a origem do
m�s de Maio, ser o m�s eleito para os casamentos,
porque desta feita as noivas tomavam o banho no
m�s de Maio e o cheiro das partes intimas n�o era t�o forte.
O uso do bouquet pela noiva tamb�m era utilizado
para dissipar o mau odor da mesma. Quando era decidido
que o banho seria tomado, quem tinha prioridade de
usar a agua limpa, ou seja a primeira agua, era o
chefe da fam�lia, e assim sucessivamente os banhos eram tomados,
a come�ar pelo pai, m�e, filhos, e por �ltimo os beb�s;
quando ent�o a agua j� estava totalmente imunda.
O cheiro dos corpos, de suor e das partes intimas
impregnavam todas as casas. As roupas eram lavadas
tamb�m somente duas ou tr�s vezes ao ano, devido a
raridade das mesmas e o alto custo do sab�o.
Em consequ�ncia disto, cheiravam mal, eram imundas,
e viviam cheias de pulgas, piolhos e insectos.
Os dentes n�o eram lavados, portanto a grande
maioria j� n�o os tinha na boca, e as pessoas
que ainda os tinham, estavam apodrecidos e negros.
Quando vemos em fotos antigas, lacaios a abanar as pessoas,
n�o era pelo calor e sim pelo odor f�tido que era exalado das
bocas e das partes intimas;
portanto usavasse o abano para dissipar o mau cheiro.
Nas �reas urbanas, o excrementos corporais e
a �gua usada no banho eram atirados pela janela,
o esgoto era a c�u aberto o que obviamente propiciava
a prolifera��o do mau cheiro e de doen�as altamente
contagiosas e infecciosas. As roupas de cama eram sujas,
e as vezes dormiam numa mesma cama quatro ou seis pessoas.
Devido a tanta falta de higiene e a muitas vezes manterem
animais de grande porte dentro de casa, a prolifera��o dos
ratos era tamb�m grande. A taxa de mortalidade infantil era grande,
1/3 das crian�as morriam antes de completar um ano de idade.
A sa�de era tratada com desleixo, e quase sempre designavam
a doen�a como um castigo divino. As doen�as eram tratadas
com infus�es caseiras e por vezes tratamentos absurdamente ex�ticos,
utilizando excrementos de animais, urina e outros tipos de unguentos.
Devido a falta de higiene, n�o era de se estranhar que muitas
pessoas morressem, e em meados do s�culo XIV, uma peste
devastou 1/3 da popula��o europeia. Estamos a falar da Peste Negra,
que era transmitidas aos humanos atrav�s da picada
de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam �
Europa nos navios vindos do Oriente entre os anos de
1346 e 1352. Como as cidades n�o tinham condi��es
higi�nicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente.
O lixo acumulava-se nas ruas. Rapidamente a
popula��o de ratos aumentou significativamente.
Estes ratos estavam contaminados com a bact�ria Pasteurella Pestis.
E as pulgas destes roedores transmitiam a bact�ria
aos homens atrav�s da picada. Os ratos tamb�m morriam da doen�a e,
quando isto acontecia, as pulgas passavam rapidamente
para os humanos para obterem seu alimento, o sangue.
Ap�s o cont�gio a pessoa tinha poucos dias de vida.
Os sintomas eram febre alt�ssima, mal-estar geral,
v�mitos e bolhas de pus espalhavam-se pelo corpo do doente,
principalmente nas axilas e virilhas. As pessoas atribu�am
a peste como sendo um castigo divino,
enviado aos homens para pagarem os seus pecados.