Disse Jesus: �Vinde a mim todos v�s que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre v�s o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de cora��o; porque o meu jugo � suave e o meu fardo � leve; e achareis descanso para as vossas almas� (Mateus 11.28-30)

O Mestre estava convidando as pessoas para uma rela��o com ele, mas como seria isso? Qual seria o sentido daquela proposta?

Jesus utilizou a palavra �jugo� como a ess�ncia do seu convite. Precisamos, portanto, compreend�-la para que percebamos todas as implica��es de um compromisso com Cristo.

O jugo, tamb�m conhecido como canga, � uma pe�a de madeira ou ferro que se usa para prender um boi ao outro afim de puxarem o arado ou o carro. Assim, a for�a de tra��o � muito maior do que se o trabalho fosse feito por um animal s�. Quando se tem um boi novo para trabalhar na lavoura, � normal que ele seja emparelhado com um boi mais velho, ao qual fica preso pelo jugo. Ambos s�o muito fortes, mas o boi velho tem experi�ncia. Ele conhece o caminho a ser percorrido, o ritmo e as paradas. Ele j� conhece a voz do dono e seus comandos. O boi novo tem tend�ncia a se distrair, desejando parar diante de qualquer pasto verde e at� mesmo sair da trilha. O jugo, por�m, n�o permite isso. O boi novo vai aprender a trabalhar com o boi mais velho. Por isso Jesus disse: �Tomai sobre v�s o meu jugo e aprendei de mim...�


Para os judeus, o jugo tornou-se s�mbolo de todo tipo de rela��o de autoridade e submiss�o: entre governo e povo, entre na��es aliadas ou subordinadas, entre senhor e servo, etc. (Gn.27.40; Lv.26.13; Dt.28.48; IRs.12.1-14; Lm.3.27; ITm.6.1).

O jugo � usado tamb�m como figura do casamento. Da� vem as express�es �vida conjugal� e �c�njuges�. Paulo alertou os cor�ntios sobre o risco do �jugo desigual� (IICo.6.14). Esse texto � muito usado para advertir a respeito dos casamentos mistos. N�o podemos fazer uma regra inflex�vel a este respeito, mas consideramos prudente, sempre que poss�vel, evitar-se o casamento entre crist�o e �mpio. Seria como colocar, debaixo do mesmo jugo, dois animais de esp�cies diferentes. Por exemplo, se colocarmos um boi e um cavalo para puxarem o mesmo carro, teremos muitos problemas. S�o animais diferentes, com tamanhos diferentes, naturezas e h�bitos diferentes. � natural que o cavalo d� muitos coices e, de troco, ganhe muitas chifradas. O trabalho de uma dupla assim n�o ser� satisfat�rio, e pode at� ser considerado imposs�vel.

Se algu�m se converteu estando j� casado, mas o seu c�njuge permanece na impiedade, isto n�o constitui motivo justo para a separa��o (I Cor.7.13-15). Cuidado. Prender-se � f�cil. Libertar-se, nesse caso, pode muito dif�cil, sendo, biblicamente, desaconselh�vel.

Espiritualmente falando, aquele que n�o serve a Cristo est� sob o jugo de Satan�s, � seu escravo. Quando nos convertemos, atendemos ao convite de Jesus (Mt.11.28-30) e nos livramos do jugo maligno. A partir de ent�o, recebemos sobre n�s o jugo do Senhor. � como se eu fosse o boi novo e Jesus fosse o boi mais velho que caminhar� ao meu lado.

Estar sob o jugo de Jesus tem dois sentidos principais: comunh�o e submiss�o. Ele estar� sempre ao meu lado. Nunca estarei sozinho. Ele n�o me perder� no meio do caminho, porque eu estou preso a ele. Isto significa que ele dividir� todo peso que vier sobre mim. Ele me ajudar� a enfrentar as responsabilidades e desafios da vida. Somos uma dupla insepar�vel como aquela junta de bois que puxa o arado.

Entretanto, n�o podemos nos esquecer do aspecto submiss�o. Estou preso a Jesus, mas isto n�o significa que ele vai andar por onde eu quiser. � o contr�rio. Eu � que deverei abrir m�os dos meus prop�sitos, me adequando � sua soberana vontade.

Continua...