Cuidado: n�o anule a cruz de Cristo!
A grande maioria da humanidade, entretanto, tragicamente rejeita a Cristo. E � aqui que enfrentamos outro perigo: � que em nosso sincero desejo de vermos almas salvas, acabamos adaptando a mensagem da cruz para evitar ofender o mundo. Paulo nos alertou para tomarmos cuidado no sentido de n�o pregar a cruz "com sabedoria de palavra, para que se n�o anule a cruz de Cristo" (1 Co 1.17). Muitos pensam: "� claro que o evangelho pode ser apresentado de uma forma nova, mais atraente do que o fizeram os pregadores de antigamente. Quem sabe, as t�cnicas modernas de embalagem e vendas poderiam ser usadas para vestir a cruz numa m�sica ou num ritmo, ou numa apresenta��o atraente assim como o mundo comumente faz, de forma a dar ao evangelho uma nova relev�ncia ou, pelo menos, um sentido de familiaridade. Quem sabe poder-se-ia lan�ar m�o da psicologia, tamb�m, para que a abordagem fosse mais positiva. N�o confrontemos pecadores com seu pecado e com o lado sombrio da condena��o do ju�zo vindouro, mas expliquemos a eles que o comportamento deles n�o �, na verdade, culpa deles tanto quanto � resultante dos abusos dos quais eles t�m sido vitimados. N�o somos todos n�s v�timas? E Cristo n�o teria vindo para nos resgatar desse ato de sermos vitimados e de nossa baixa perspectiva de n�s mesmos e para restaurar nossa auto-estima e auto-confian�a? Mescle a cruz com psicologia e o mundo abrir� um caminho para nossas igrejas, enchendo-as de membros!" Assim � o neo-evangelicalismo de nossos dias.
Ao confrontar tal pervers�o, A. W. Tozer escreveu: "Se enxergo corretamente, a cruz do evangelicalismo popular n�o � a mesma cruz que a do Novo Testamento. �, sim, um ornamento novo e chamativo a ser pendurado no colo de um cristianismo seguro de si e carnal... a velha cruz matou todos os homens; a nova cruz os entret�m. A velha cruz condenou; a nova cruz diverte. A velha cruz destruiu a confian�a na carne; a nova cruz promove a confian�a na carne... A carne, sorridente e confiante, prega e canta a respeito da cruz; perante a cruz ela se curva e para a cruz ela aponta atrav�s de um melodrama cuidadosamente encenado � mas sobre a cruz ela n�o haver� de morrer, e teimosamente se recusa a carregar a reprova��o da cruz."