Srtï¿½ Danny Cullen

Que mï¿½e ï¿½ essa?Tem bicho mais estranho do que mï¿½e? Mï¿½e ï¿½ alma contraditï¿½ria. ï¿½ alegria no choro. ï¿½ carinho na raiva. ï¿½ o sim no nï¿½o.

Sï¿½ mï¿½e mesmo pra ser o oposto... E depois o contrï¿½rio de novo. Vai
ver que ï¿½ porque filho nï¿½o vem com manual de instruï¿½ï¿½o e pra conduzir
as crias no mundo, ela usa sï¿½ de intuiï¿½ï¿½o, pra tentar fazer tudo
direito. Mas como pode ser assim, tï¿½o incoerente? Ela diz: Filho, vocï¿½ nï¿½o come nada... E logo se contradiz: Para de comer, que eu tï¿½ botando o jantar!

E aï¿½ ela lamenta: Ai, que eu nï¿½o vejo a hora desse menino crescer! Mas logo se arrepende: Deixa que eu faï¿½o, vocï¿½ ainda ï¿½ uma crianï¿½a...

E quando ela manda: Tira essa roupa quente, menina! E logo em seguida: Veste o casaco, quer pegar um resfriado?

Esse menino dorme demais... Esse menino nï¿½o descansa...

Essa menina vive na rua!... Filha, sai um pouquinho, vai pegar um sol...

Pois ï¿½, gente, que pessoa ï¿½ essa que jura que nunca mais... E no momento seguinte promete que vai ser pra sempre? Essa pessoa ï¿½ assim mesmo: Igual e diferente de tudo o que a gente jï¿½ viu. ï¿½ a fortaleza que aguenta o tranco, sï¿½ pra nï¿½o ver o filho chorar. ï¿½ o sorriso de orgulho escondido, sï¿½ pra nï¿½o se revelar. Mï¿½e dï¿½ uma canseira na gente. E ï¿½s vezes tira do sï¿½rio... Atï¿½ que um dia a gente se depara com uma ausï¿½ncia insuportï¿½vel: ï¿½ a mï¿½e que vai embora, deixando um vazio enorme, escuro, silencioso. E aï¿½ descobre que, mesmo errando, ela sabia de tudo, desde o inï¿½cio. E fez de tudo pra acertar. Porque criar filho nï¿½o tem regra - ï¿½ doaï¿½ï¿½o e amor simplesmente.

Entï¿½o,
se vocï¿½ tiver privilï¿½gio de abraï¿½ar sua mï¿½e nesse segundo domingo de
maio, agradeï¿½a, porque o presente ï¿½ seu. E esteja certo: Mesmo sem manual de instruï¿½ï¿½o, ela continua aï¿½, atrapalhada, contraditï¿½ria... Mas com o olhar atento, querendo entender como vocï¿½ funciona. E fazendo de tudo pra vocï¿½ nï¿½o falhar. Feliz dia das mï¿½es!