Estendido sobre nuvens.
Como � suntuosa tua morada!
Got�culas de chuva
Cristalizam-se em diamantes
E raios de sol
Pendem das colunas
Como correntes de ouro!
Meu rei, meu Senhor!
Quanto fausto!
Quanto brilho
Na tua t�nica,
Na tua coroa,
No escabelo
A teus p�s!
Por que ocultaste at� o �ltimo instante que eras rei?
Por que n�o trouxeste teu s�quito de anjos?
Tuas hordas,
Teus le�es,
Tuas trombetas?
Por que te abandonaste a ti mesmo?
Indefeso,
Preso ao madeiro
Como fruto apodrecido?
Meu rei, meu Senhor!
Que suprema eleg�ncia!
O manto,
O cetro,
O olhar que me lan�as
E que gera em mim a �nsia de combate,
A f� segura,
O equil�brio.
Como eu poderia adivinhar
Que um homem era Deus?
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Raquel Naveira (1957 � )