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ter�a, ‎20‎ de ‎fevereiro‎ de ‎2007, ‏‎07:15:58...
...sim, bom dia...


solz�o aqui agora, perd� a chance de fotograf�-lo no instante em que surgia, estava inconsp�cuo (hahahahaha..)..


leia-se, informe-se, artigos falando da revolu�]�o democratica (ditadura?),e n�o esque�a, vc que est� lendo isso: VOC� N�O TINHA NASCIDO quando aconteceu, n�o saia por a� acreditando no que vigaristas dizem q aconteceu a CINQUENTA ANOS ATR�S...

leia-se, leia o anterior..

o bicho est� pegando e n�o temos leis, temos vigaristas no parlamento e no "guvehno"..:


Golpe � brasileira


"Marco Antonio Villa* - O Estado de S.Paulo
�s v�speras dos 50 anos do golpe militar torna-se necess�rio um resgate da Hist�ria para entendermos o presente. Em 1964 o Brasil era um pa�s politicamente repartido. Dividido e paralisado. Crise econ�mica, greves, amea�a de golpe militar, marasmo administrativo. O clima de radicaliza��o era agravado por velhos advers�rios da democracia. A direita brasileira tinha uma rela��o de incompatibilidade com as urnas. N�o conseguia conviver com uma democracia de massas num momento de profundas transforma��es. Temerosa do novo, buscava um antigo recurso: arrastar as For�as Armadas para o centro da luta pol�tica, dentro da velha tradi��o inaugurada pela Rep�blica, que j� havia nascido com um golpe de Estado.

A esquerda comunista n�o ficava atr�s. Sempre estivera nas vizinhan�as dos quart�is, como em 1935, quando tentou depor Get�lio Vargas por meio de uma quartelada. Depois de 1945, buscou incessantemente o apoio dos militares, alcunhando alguns de "generais e almirantes do povo". Ser "do povo" era comungar com a pol�tica do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e estar pronto para atender ao chamado do partido numa eventual aventura golpista. As c�lulas clandestinas do PCB nas For�as Armadas eram apresentadas como uma demonstra��o de for�a pol�tica.

� esquerda do PCB havia os adeptos da guerrilha. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) era um deles. Queria iniciar a luta armada e enviou, em mar�o de 1964, o primeiro grupo de guerrilheiros para treinar na Academia Militar de Pequim. As Ligas Camponesas, que desejavam a reforma agr�ria "na lei ou na marra", organizaram campos de treinamento no Pa�s em 1962 - com militantes presos foram encontrados documentos que vinculavam a guerrilha a Cuba. J� os adeptos de Leonel Brizola julgavam que tinham ampla base militar entre soldados, marinheiros, cabos e sargentos.

Assim, numa conjuntura radicalizada, esperava-se do presidente um ponto de equil�brio pol�tico. Ledo engano. Jo�o Goulart articulava sua perman�ncia na Presid�ncia e necessitava emendar a Constitui��o. Sinalizava que tinha apoio nos quart�is para, se necess�rio, impor pela for�a a reelei��o (que era proibida). Organizou um "dispositivo militar" que "cortaria a cabe�a" da direita. Insistia em que n�o podia governar com um Congresso Nacional conservador, apesar de o seu partido, o PTB, ter a maior bancada na C�mara dos Deputados ap�s o retorno do presidencialismo e n�o ter encaminhado � Casa os projetos de lei para tornar vi�veis as reformas de base.

Veio 1964. E de novo foram constru�das interpreta��es para uso pol�tico, mas distantes da Hist�ria. A associa��o do regime militar brasileiro com as ditaduras do Cone Sul (Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai) foi a principal delas. Nada mais falso. O autoritarismo aqui faz parte de uma tradi��o antidemocr�tica solidamente enraizada e que nasceu com o Positivismo, no final do Imp�rio. O desprezo pela democracia rondou o nosso pa�s durante cem anos de Rep�blica. Tanto os setores conservadores como os chamados progressistas transformaram a democracia num obst�culo � solu��o dos graves problemas nacionais, especialmente nos momentos de crise pol�tica. Como se a ampla discuss�o dos problemas fosse um entrave � a��o.

O regime militar brasileiro n�o foi uma ditadura de 21 anos. N�o � poss�vel chamar de ditadura o per�odo 1964-1968 - at� o Ato Institucional n.� 5 (AI-5) -, com toda a movimenta��o pol�tico-cultural que havia no Pa�s. Muito menos os anos 1979-1985, com a aprova��o da Lei de Anistia e as elei��es diretas para os governos estaduais em 1982. Que ditadura no mundo foi assim?

Nos �ltimos anos se consolidou a vers�o de que os militantes da luta armada combateram a ditadura em defesa da liberdade. E que os militares teriam voltado para os quart�is gra�as �s suas heroicas a��es. Num pa�s sem mem�ria, � muito f�cil reescrever a Hist�ria.

A luta armada n�o passou de a��es isoladas de assaltos a bancos, sequestros, ataques a instala��es militares e s�. Apoio popular? Nenhum. Argumenta-se que n�o havia outro meio de resistir � ditadura a n�o ser pela for�a. Mais um grave equ�voco: muitos desses grupos existiam antes de 1964 e outros foram criados pouco depois, quando ainda havia espa�o democr�tico. Ou seja, a op��o pela luta armada, o desprezo pela luta pol�tica e pela participa��o no sistema pol�tico, e a simpatia pelo foquismo guevarista antecederam o AI-5, quando, de fato, houve o fechamento do regime. O terrorismo desses pequenos grupos deu muni��o (sem trocadilho) para o terrorismo de Estado e acabou sendo usado pela extrema direita como pretexto para justificar o injustific�vel: a barb�rie repressiva.

A luta pela democracia foi travada politicamente pelos movimentos populares, pela defesa da anistia, no movimento estudantil e nos sindicatos. Teve em setores da Igreja Cat�lica importantes aliados, assim como entre os intelectuais, que protestavam contra a censura. E o MDB, este nada fez? E os seus militantes e parlamentares que foram perseguidos? E os cassados?

Os militantes da luta armada constru�ram um discurso eficaz. Quem os questiona � tachado de adepto da ditadura. Assim, ficam protegidos de qualquer cr�tica e evitam o que tanto temem: o debate, a diverg�ncia, a pluralidade, enfim, a democracia. Mais: transformam a discuss�o pol�tica em quest�o pessoal, como se a discord�ncia fosse uma esp�cie de desqualifica��o dos sofrimentos da pris�o. N�o h� rela��o entre uma coisa e outra: criticar a luta armada n�o legitima o terrorismo de Estado. Temos de refutar as vers�es falaciosas. Romper o c�rculo de ferro constru�do, ainda em 1964, pelos advers�rios da democracia, tanto � esquerda como � direita. N�o podemos ser ref�ns, historicamente falando, daqueles que transformaram o antagonista em inimigo; o espa�o da pol�tica, em espa�o de guerra.

*Marco Antonio Villa � historiador, autor do livro "Ditadura � Brasileira" (Ed. Leya).



"



Comentários
1 - /sio em 20/02/2014 �s 09:02 disse:
inconsp�cuo - ah� ... bjs

2 - /furious em 20/02/2014 �s 09:27 disse:
lindo aaqui

3 - /furious em 20/02/2014 �s 10:23 disse:
� o nome da mulher da foto!

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/diariosolar
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