Estava ali expresso, descrito no seu olhar.
A voz embargada, um sil�ncio no ar,
E uma l�grima a derramar...
Na ci�ncia deste momento mudo,
Sei que a nostalgia vai se multiplicar
Nos peda�os que sobraram de meu mundo,
Na misera ilus�o de amar...
Talvez um dia haja arrependimento,
Num cora��o que sangra piedade,
E me dir�, �foi coisa de momento�,
E n�o uma mera fatalidade...
Ent�o haver� de tocar no imagin�rio,
A can��o de quem amou,
Como que vestisse o cen�rio,
Com a saudade que ficou...
E nestas mudan�as teatrais, o fato...
E nele talvez voc� possa se lembrar,
Que esse fora seu ultimo ato...
E essa uma can��o para quem deixou de amar...
E nela a necessidade de ter medo,
E a raz�o que por vezes some...
Com intuito mist�rio do segredo,
Onde no rev�s resguardo o teu nome...
Marco Ramos