Que parecia deter o seu cheiro...
Que parecia me esconder da verdade,
Dividindo minha consci�ncia ao meio.
Em duas partes do que j� fora inteiro,
Como se repartem a gotas de orvalho
Que molham ao meu travesseiro.
Conduzindo-me por meus atos falhos...
Das lembran�as de teu rosto ao meu,
Na procura t�cita do amor.
Colorindo ao mundo breu,
Com uma explos�o de cor...
Que percorria pela pele... solto,
Fazendo-me sentir a vida,
Como um barco entregue ao mar revolto,
Eu me entregava aos teus bra�os... Perdida
Perdida, perdida...
N�o sabia o que era perder em quest�o.
Ao ver-te pelo destino de partida,
Para ser somente uma estrela na constela��o.
Hoje em meio a meus d�j�-v�s,
Reencarno o sil�ncio de minhas noites.
A casa vazia � como supus,
Como um carrasco me prendendo no a�oite...
Porque ele sabe o que vem depois,
Pois a dor hoje tem um reflexo,
No quadro que sobrou de n�s dois.
Com a imagem da saudade em anexo...
Marco Ramos