felizes por acaso.
Este poema
N�o suscita discurso ou dilema
N�o � solu��o nem problema
Este poema saiu atrasado
Escrito sob a luz do sinal fechado
Que fez do papel branco, rosado
Quer ser sintoma de tempos fugazes
De rem�dio para gazes
De envelhecer novos ares
De distra��o e correria
De escravid�o do dia a dia
De reuni�o de fam�lia
S� em morte de tia
De drops de not�cias e de hortel�
De sair sem caf�-da-manh�
De deixar estragar a ma��
Este poema saiu de moda
Tentou reinventar a roda
Sem oferecer uma boa nova
Este poema passou do ponto
Antes mesmo de ficar pronto
Pobre poema! N�o vale um conto.
Este poema pode estar errado
E pode ser denunciado
Apenas porque diz, velado
Que vivemos s� no intervalo
Fala da caminhada ao longo do lago
Por conta de um pneu furado
De ver sess�o da tarde em dia de semana
S� porque a gripe botou de cama
De um encontro por acaso com algu�m que se ama
Poema fora de compasso!
V� problema no embara�o
De pedir um segundo a mais de abra�o
Que � bom encontrar um amigo ou ente
Enquanto espera pelo p�o quente
De pensar na vida ao escovar os dentes
E pede a pausa pro caf�
Faz brigadeiro de colher
Diz pra fazer o que se quer
AD