Os textos liter�rios e administrativos s�o tamb�m importantes para a an�lise do lugar da mulher na sociedade eg�pcia, al�m das pinturas e esculturas deixadas por esta civiliza��o.
Assim, � poss�vel conhecer um pouco o papel das mulheres no Egito Antigo analisando a decora��o dos t�mulos. Nessas cenas, a esposa ou a m�e do propriet�rio do t�mulo t�m maior destaque. Em geral, as duas aparecem vestidas de forma simples, mas elegante, sentadas comodamente com o homem � mesa de oferendas. Por vezes, elas acompanham o homem quando ele observa cenas de trabalho.
No outro extremo, encontramos as mulheres ocupadas em trabalhos servis, fazendo p�o e cerveja, fiando ou tecendo. S�o atividades feitas, provavelmente, em aposentos dom�sticos de uma casa mais rica.
A cor amarelada da pele das mulheres indica, entre outras coisas, uma menor exposi��o ao sol do que a dos homens, representados com apar�ncia mais avermelhada. Isso sugere uma reclus�o maior da mulher.
� poss�vel que n�o fosse seguro para elas se aventurarem pelos espa�os externos. Um texto de Rams�s III afirma: "Tornei poss�vel � mulher eg�pcia seguir seu caminho, podendo as suas viagens prolongar-se at� onde ela quiser, sem que qualquer outra pessoa a assalte na estrada", o que implica n�o ter sido sempre este o caso.
Nos t�mulos mais antigos as mulheres est�o ausentes dos trabalhos de maior destaque e das divers�es mais agrad�veis. Para al�m das cenas de tocadoras de instrumentos e de dan�arinas acrob�ticas, o papel das mulheres neste per�odo parece ter sido muito restrito.
No antigo Egito a esposa � quem cuida de todos ao seu redor, incluindo seus filhos e os seus servos. Havia v�rios trabalhos dispon�veis para a mulher, especialmente se ela fosse de uma fam�lia rica. Existem in�meros registros de mulheres fazendo servi�os dom�sticos, como tecelagem e prepara��o de cerveja e p�o. As mulheres, na aus�ncia de seus maridos, eram as chefas e tomavam conta tamb�m das tarefas deles. Elas tinham os mesmos direitos dos homens em tribunais e estavam sujeitas �s mesmas condena��es aplicadas a eles.
�Nas primeiras tumbas, as mulheres n�o participam das obras mais importantes, bem como das divers�es mais prazerosas; por�m tampouco aparecem envolvidas nos trabalhos mais �rduos. Os homens por exemplo, fazem o vinho, que requer maior esfor�o f�sico que a prepara��o da cerveja. Com exce��o das cenas de mulheres musicistas e das dan�as realizadas por algumas mo�as muito atl�ticas, o papel das mulheres nos primeiros tempos parece muito decoroso, ainda que isso talvez se deva ao fato de n�o podermos interpretar as fontes em todo o seu conte�do.� (BAINES; MALIK, 2008, p. 204)
O casamento no antigo Egito era considerado importante para as mulheres. As garotas eg�pcias costumavam se casar na faixa dos 12 anos, enquanto os garotos tinham entre 15 e 19. Elas tamb�m podiam se divorciar, caso sofressem algum tipo de maltrato, por exemplo. Nesse caso recorriam aos seus familiares e pediam ajuda para intervir no casamento. O div�rcio era algo simples e n�o necessitava de muito tempo para a sua obten��o. Entre os principais motivos de div�rcios estavam os maus-tratos, o adult�rio e a infertilidade.
�O mais surpreendente � que temos poucas informa��es tanto sobre as cerim�nias de casamento quanto sobre os processos judiciais de div�rcio. Ainda assim, o status legal de um casal que vivia junto era diferente do de um casado. Existe at� o testemunho de um homem, que foi acusado de ter tido rela��es sexuais com uma mulher que vivia com outro homem, mas que n�o era casada com ele, e parece que isso n�o era considerado crime. Apesar dessas institui��es relativamente livres, o adult�rio de uma mulher representava, pelo menos em teoria, um grave crime.� (BAINES; MALIK, 2008, p. 205)
O trono no antigo Egito era por direito do filho mais velho. Houve alguns momentos da hist�ria eg�pcia em que a rainha, com a morte do Fara�, precisou atuar como Regente at� que o filho mais velho pudesse governar. Para se tornar um Fara� era preciso ter todos os t�tulos reais exigidos. O casamento geralmente era feito entre irm�os, para manter o sangue real da fam�lia. Quando o Fara� se casava com alguma mulher que n�o pertencia � fam�lia real, esta se tornava uma esposa secund�ria.
�As mulheres n�o possu�ram nenhum t�tulo importante, sem contar alguns relacionados ao sacerd�cio, e, fora alguns membros da fam�lia real e as soberanas reinantes, tiveram pouco poder pol�tico. Seu t�tulo mais comum era, �senhora da casa�, � um t�tulo de respeito que significa apenas algo mais que �Sra.� �(BAINES; MALIK, 2008, p. 205)
A mulher tem um estatuto pr�ximo ao do homem. Os textos jur�dicos tratam do casamento, da gest�o dos bens, sem esquecer o div�rcio, o futuro do patrim�nio dos filhos e as quest�es de heran�a. Mas, qualquer que seja sua posi��o social, a mulher � primeiro o de uma dona de casa, que administra o cotidiano com seus imprevistos, vela pela manuten��o corrente da casa, ocupa-se dos filhos, sem esquecer os pais idosos. Na alta sociedade, as esposas de funcion�rios administram a vida dom�stica e, eventualmente, acolhem os h�spedes e preparam as festas, como nas �reas rurais, a casa possui um bom n�mero de criadas, cujos v�nculos s�o bem diversos: da liberdade � completa servid�o. Na arte eg�pcia, encontram-se numerosas representa��es de mulheres nos trabalhos de artesanato � tecel�s de linho, padeiras etc. � bem como nos trabalhos dos campos. S�o representadas tamb�m como carregadoras de oferendas em prociss�es. Por �ltimo, encontram-se muitas �carpideiras�, cujas lamenta��es acompanham a dor das fam�lias durante os dias que dura o ritual f�nebre.
No outro extremo, encontramos as mulheres ocupadas em trabalhos servis, fazendo p�o e cerveja, fiando ou tecendo. S�o atividades feitas, provavelmente, em aposentos dom�sticos de uma casa mais rica.
A cor amarelada da pele das mulheres indica, entre outras coisas, uma menor exposi��o ao sol do que a dos homens, representados com apar�ncia mais avermelhada. Isso sugere uma reclus�o maior da mulher.
� poss�vel que n�o fosse seguro para elas se aventurarem pelos espa�os externos. Um texto de Rams�s III afirma: "Tornei poss�vel � mulher eg�pcia seguir seu caminho, podendo as suas viagens prolongar-se at� onde ela quiser, sem que qualquer outra pessoa a assalte na estrada", o que implica n�o ter sido sempre este o caso.
No antigo Egito a esposa � quem cuida de todos ao seu redor, incluindo seus filhos e os seus servos. Havia v�rios trabalhos dispon�veis para a mulher, especialmente se ela fosse de uma fam�lia rica. Existem in�meros registros de mulheres fazendo servi�os dom�sticos, como tecelagem e prepara��o de cerveja e p�o. As mulheres, na aus�ncia de seus maridos, eram as chefas e tomavam conta tamb�m das tarefas deles. Elas tinham os mesmos direitos dos homens em tribunais e estavam sujeitas �s mesmas condena��es aplicadas a eles.
�O mais surpreendente � que temos poucas informa��es tanto sobre as cerim�nias de casamento quanto sobre os processos judiciais de div�rcio. Ainda assim, o status legal de um casal que vivia junto era diferente do de um casado. Existe at� o testemunho de um homem, que foi acusado de ter tido rela��es sexuais com uma mulher que vivia com outro homem, mas que n�o era casada com ele, e parece que isso n�o era considerado crime. Apesar dessas institui��es relativamente livres, o adult�rio de uma mulher representava, pelo menos em teoria, um grave crime.� (BAINES; MALIK, 2008, p. 205)
O trono no antigo Egito era por direito do filho mais velho. Houve alguns momentos da hist�ria eg�pcia em que a rainha, com a morte do Fara�, precisou atuar como Regente at� que o filho mais velho pudesse governar. Para se tornar um Fara� era preciso ter todos os t�tulos reais exigidos. O casamento geralmente era feito entre irm�os, para manter o sangue real da fam�lia. Quando o Fara� se casava com alguma mulher que n�o pertencia � fam�lia real, esta se tornava uma esposa secund�ria.
�As mulheres n�o possu�ram nenhum t�tulo importante, sem contar alguns relacionados ao sacerd�cio, e, fora alguns membros da fam�lia real e as soberanas reinantes, tiveram pouco poder pol�tico. Seu t�tulo mais comum era, �senhora da casa�, � um t�tulo de respeito que significa apenas algo mais que �Sra.� �(BAINES; MALIK, 2008, p. 205)
A mulher tem um estatuto pr�ximo ao do homem. Os textos jur�dicos tratam do casamento, da gest�o dos bens, sem esquecer o div�rcio, o futuro do patrim�nio dos filhos e as quest�es de heran�a. Mas, qualquer que seja sua posi��o social, a mulher � primeiro o de uma dona de casa, que administra o cotidiano com seus imprevistos, vela pela manuten��o corrente da casa, ocupa-se dos filhos, sem esquecer os pais idosos. Na alta sociedade, as esposas de funcion�rios administram a vida dom�stica e, eventualmente, acolhem os h�spedes e preparam as festas, como nas �reas rurais, a casa possui um bom n�mero de criadas, cujos v�nculos s�o bem diversos: da liberdade � completa servid�o. Na arte eg�pcia, encontram-se numerosas representa��es de mulheres nos trabalhos de artesanato � tecel�s de linho, padeiras etc. � bem como nos trabalhos dos campos. S�o representadas tamb�m como carregadoras de oferendas em prociss�es. Por �ltimo, encontram-se muitas �carpideiras�, cujas lamenta��es acompanham a dor das fam�lias durante os dias que dura o ritual f�nebre.