Eu avistei as ondas, senti o frescor,
me inebriei com os sons desse mar em suas mar�s
e eu, que n�o procurava me apaixonar
fechei os olhos e me lancei ao desconhecido,
mergulhei de cabe�a...
e passei longas manh�s de ver�o nos embalo desde suave mar,
que vez por outra estava revolto mas que logo se acalmava
e o sol novamente brilhava em sua superf�cie
Eu brinquei, eu sorri
me deixei aquecer pelos raios de sol,
e esqueci por muitas vezes dos litros de �gua extremamente
salgada que engoli nos momentos mais dif�ceis
eu sufocava, engolia �gua, mas logo recuperava o f�lego e
que foge das �guas querendo ser apanhada, num misto de medo e �xtase
Vieram ondas maiores e mais fortes que me fizeram colidir nos rochedos,
ondas que me encobriam e me faziam ter a sensa��o de "tudo acabado"
... Elas vinham cada vez maiores e mais intensas
me tiraram por completo o f�lego, me jogaram contra as pedras...
e aquilo que era meu maior prazer tornou-se minha condena��o ao sofrimento, a dor
... a morte. O fim de algo que parecia eterno, eu.
ali boiando nas �guas que outrora me refrescavam, indo e vindo,
afogada, sem for�as
com o gosto do sal na boca e l�grimas amargas nos olhos.
E se n�o fosse t�o dif�cil aceitar tudo isso,
se viver fosse viver sem ter voc�... que bom seria.
sinto uma alegria vinda de meu ventre
sinto vida misturada a uma imensa
tristeza que me cerca e n�o me deixa saber qual caminho seguir...]
estava novamente a brincar e a nadar, como crian�a inocente
[J� n�o sei mais por onde e nem como continuar