SONHO CIGANO
Quem me dera os p�s dos ciganos,
e as asas dos p�ssaros, para ir em busca
da vida que eu quisera viver um dia.
Ouviria as lendas e valsas eternas
ao som de violinos, enquanto na fogueira
a brasa arderia, entre estrelas brilhando
e um lindo luar nos encantando, eu veria
o meu reflexo no brilho de teu olhar.
Queria tocar valsas eternas ao piano,
adormecer ao cair da tarde nas areias da praia
enquanto o sol desmaiasse no horizonte.
Queria ver as palmeiras dos jardins,
os bot�es de rosa entreabrindo-se
na bela manh� orvalhada, entre
cravos, l�rios, a�ucenas e jasmins.
Queria com alegria viver lendo poesia
e escrever versos de amor que rimassem
apenas com cor e flor, enquanto a chuva
molhasse as ruas e na cal�ada a enxurrada
levasse para bem longe os meus barcos de papel.
- Queria... ah! como eu queria!
�Verluci Almeida
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pela Lei 9.610 de 19/02/98.
A Poesia consegue tornar vis�vel algo
abstrato como os sentimentos,
em realidades quase palp�veis.