"Palavras que ferem
S�o como bisturi, ferem a aorta contundente.
Provocam grandes terremotos, v�timas fatais
Cora��es destroem, intrinsecamente.
Armas potentes, machucam, ferem
Envenenadas de puro rancor, deixam feridas.
Golpes premeditados duramente
Fazem sangrar, quando friamente proferidas.
Quem as usa, tem consci�ncia do mal feito.
Geralmente das regras e limites � conhecedor
Porem um prazer m�rbido � sentido
Vendo no alvo do �dio, do sangue o sabor.
Ironicamente, n�o se d�o conta os desatentos.
Os mesmos l�bios que profetizam mansid�o
Pregam o amor, falam de paz e harmonia.
Deixam marcas indel�veis, destroem cora��o.
Ousam citar de Deus o nome, fria realidade.
E incapazes de perceber espontaneamente
O tronco que lhes
atravessa o olho, e os cega.
Apontam o cisco, no olhar do semelhante.
Talvez, em nome de uma vingan�a infundada.
Quem sabe o cora��o ferido, seja o argumento.
E para pisar, esmagar e ferir brutalmente.
S� esperam por uma brecha, um momento.
Quantos defeitos soterrados ver�amos.
Pud�ssemos a alma, em estado bruto sondar,
E remexendo escombros reconhecer�amos.
Que apenas Deus tem poder para julgar.
Talvez , com nossos defeitos aparentes.
Pegar�amos � m�o a esperar estendida.
E mesmo quando feridos e machucados
Entoar�amos apenas palavras de vida.
Gl�ria Salles