Depois de toda discuss�o sobre a lei da uni�o homoafetiva resolvi me pronunciar. Como voc�s mesmo devem j� terem percebido, eu n�o sou do tipo que se omite, muito menos que fica em cima do muro. Ent�o, serei breve no que tenho a dizer quanto a esta quest�o.
N�o usarei aqui, como diria meu querido amigo Marcos Monteiro, de sutileza sem�ntica, nem de complica��o lingu�stica. Como geralmente n�o fa�o poesia (n�o que eu j� n�o tenha tentado, ou tenha orgulho disso) e costumo escrever em prosa, vou conversando, mesmo que de modo simplificado, o que pude perceber de todo esse frenesi!
Em primeiro lugar, percebo que Jesus de Naraz� se coloca em defesa das minorias. Desde os direitos das mulheres, defendido por Jesus em uma sociedade patriarcal � logo machista � at� os direitos dos negros defendidos pelo pastor Martin Luther King Jr., fica percept�vel a luta por parte dos que se dizem seguidores do evangelho para dar voz e vez �s minorias perseguidas e marginalizadas.
Nada � mais emblem�tico do que o di�logo de Jesus com a mulher samaritana. �D�-me de beber�, diz o Galileu. A surpresa foi tamanha que a mulher responde: �como sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?� Como pode uma mulher, samaritana, tendo vivido com v�rios maridos e, ent�o, amancebada com o �ltimo, dar de beber ao pr�prio Deus?
Simples. Jesus n�o estava preocupado com sua reputa��o diante dos sacerdotes de plant�o, nem mesmo de seus disc�pulos � que tamb�m n�o viram com bons olhos o gesto de seu mestre. O seu compromisso n�o era com a reputa��o, mas sim com a justi�a e a dignidade humana. E n�s que nos afirmamos seguidores dEle dever�amos fazer o mesmo