Sou minuciosa na hora de escolher meus amigos.
Eu diria que fa�o uma sele��o rigorosa.
A princ�pio permito que todos se aproximem de mim, deixo a porta do
meu cora��o aberta, nem � preciso pedir licen�a para entrar.
Em pouco tempo j� come�o a perceber quem pode permanecer dentro dele.
N�o escolho meus amigos pelo n�vel social, pela cor da pele,
pelo temperamento, pelo que podem me oferecer de interessante,
pela sua poss�vel alegria ou tristeza.
Meus amigos precisam ter car�ter, ser sinceros e honestos, precisam ter princ�pios, sen�o iguais, ao menos, equivalentes aos meus.
Meus amigos t�m que ter dignidade, humildade, t�m que saber lidar bem
com a palavra perd�o mas, tamb�m, n�o podem fazer dela uma constante, caso contr�rio ela perder� o seu valor e o valor dessa palavra � imensur�vel.
Meus amigos devem ser aquele tipo de pessoa que quando deitam na cama o sono vem f�cil pois n�o existe nada que esteja pesando em sua consci�ncia.
Meus amigos n�o precisam ser a imagem da perfei��o, podem ter defeitos, fraquezas, limita��es mas, nada que afete a sua integridade moral.
Meus amigos precisam entender muito bem sobre respeito, pois isso � algo que sempre eles ter�o de mim e eu considero essa uma via de m�o dupla.
Meus amigos precisam entender de fidelidade e, especialmente, de confian�a. Talvez esse seja um dos ingredientes mais importantes entre amigos. Confian�a � como cristal, n�o pode quebrar, trincar, arranhar porque depois, simplesmente, n�o tem recupera��o.
Meus amigos n�o podem, em hip�tese alguma, ser falsos, mentirosos, mexeriqueiros, dissimulados. Essas falhas de personalidade eu abomino.
Meus amigos podem ficar sumidos por um tempo, recolhidos.
Cada um sabe das suas dores e dificuldades; �s vezes � preciso se esconder dentro de uma concha. Eu nunca cobrarei a presen�a constante deles.
O que faz uma amizade ser verdadeira n�o � estar juntos todos os dias
e sim poder fixar resid�ncia dentro de um cora��o eternamente.
{Silvana Duboc}