Eu sei que é muito comum alguém nos dizer que o amor da nossa vida está por aí, em algum lugar, esperando por nós. Mas eu vou te dizer a verdade. Ele não está. Ele não se encontra em nenhum lugar. Ele sequer existe, assim, dessa forma que você está imaginando. O amor da sua vida, muda de rosto a cada instante. Muda de idade, de cor, de cidade, de sexo. Ele ao mesmo tempo que não existe, está em todo lugar. Ele se encontra em todas as chances que você dá ao desconhecido, ao conhecido, à vida. A verdade é que ele não é. Nunca é. O amor da sua vida se torna. Ele aparece quando você encontra alguém em um momento ou numa vibe parecida, e decidem amar. E no dia seguinte, continuam. E sustentam na semana seguinte. Ele pode aparecer em uma noite, e, se depois nenhum dos dois fizer por onde, ele nunca se tornará. Mas ele poderia ter sido. Como poderia fazer o que fez, deixar passar. Ele pode se tornar ao você insistir naquele que não é. Não é, de imediato. Mas ele pode virar. Todo e qualquer ser humano guarda no peito uma vontade de experimentar como seria ser amado e amar o amor da sua vida. Se você puxar uma conversa agora, com a primeira pessoa que você pensar, com um pouco de vontade das duas, o amor pode brotar. Ele não nasce do destino e pronto. Ele nasce da conexão e do desejo de prosseguir. É que a gente não imagina isso. A gente sempre pensa que na hora que os olhares se cruzarem, uma música de banda vai começar a tocar, um sinal do além vai te avisar. A gente chama de amor da vida a sintonia do momento em que duas pessoas dispostas entram uma na vida da outra, e continuam. Amor da vida só acontece se amar. Nunca, se deixar passar.