Era para ser só uma taça de vinho. Só um jantar para que a gente pudesse se conhecer melhor. Só um beijo na porta do elevador. Só um filme no sofá da sala. Uma noite fazendo tudo aquilo que a gente não conseguiu evitar. Era para ser só isso. Mas o vinho desceu suave. No jantar o papo combinou. No beijo as bocas se encaixaram. No filme os corações se entenderam. Na cama a coisa esquentou. Era para ser só aquele encontro. Mas no dia seguinte eu precisava te ver de novo. E você disse que queria o mesmo. E assim repetimos a dose. O vinho. A conversa. O beijo. E todo o resto. E ao contrário do que dizem por aÃ, a segunda vez foi melhor que a primeira. E é por isso que eu fico daqui curiosa, imaginando uma terceira. E uma quarta. E a vigésima sexta. E a centésima vez. Por falar nisso, aquele plano de nadar pelado na cachoeira ainda está de pé? E aquele lance na escada do prédio? Ok. Eu sei que combinamos de ir devagar. De não fazer tantos planos. Da gente se curtir quando der. De não se envolver. Por mim está tudo bem. Estamos combinados. O que eu preciso é de outra noite como aquela. Eu prometo que dessa vez vai ser só um jantar. A saudade e o vinho se encarregam do resto.
(Ah, que saudade, que vontade daquele lugar com você) Quero um milhão de vezes mais encontros contigo.