Eu não sei pelo o que vale a pena ficar, pelo o que vale a pena partir, seja essa ou qualquer outra decisão, já requer a despedida, e as vezes o mulherão aqui se vê tão menina. Mas, quem que vai me julgar? Quem que inventou no que acreditar? Quando foi que geral decidiu acatar regra que não sei quem resolveu mandar? De que existem prazos, idades, deveres, casar, deixar herdeiros, que mundo doentio é esse que nos enfiaram? E porque a gente aceita ficar sem falar nada? Se quero festa, café da manhã farto, viagens, logo dizem: Está perdida, vidinha de Instagram. Se quero paz, sossego, reclusão, logo dizem: Está perdida, anda meio deprimida. Quem está perdida é você, afinal me diz, tem alguém interessado em achar alguém que não a si mesmo? Preocupações supérfluas me enojam, sabe porquê? Porque se você é da mesma raça que eu, nós dois sabemos que antes de dormir cada cabeça deita pelo seu e também acorda pra buscar o mesmo. Então me dá licença, se eu quiser ser um pouco deslumbrada, perdida ou chame do que bem entender, quem está no mundo da lua sou eu, não é você. Eu não me meto, eu não digo se seu sonho é grande ou é ridículo demais, sabe porquê? Ele não é meu, não cabe a mim julgar, eu não me meto nos seus conflitos internos e adivinha? Você também não é bem-vindo nos meus. Eu não sou santa, reconheço, inclusive peco muito Graças à Deus.