A vida é cheia de encontros, seja pra quem os vive como meros protagonistas ou pra quem só os observa como coadjuvantes, e não há diferença, porque ambos sentem. Nessas duas últimas semanas eu ando bem acelerada, final de semestre da faculdade, responsabilidades em dobro no trabalho.
E uma das coisas que eu mais sinto falta nestes dias de caos, é acordar e perceber que eu não me apaixonei por nada nestes últimos dias, e estou me referindo a me apaixonar por coisas simples, como um banho quente, tomar um café com leite, ler um livro, assistir um filme, conversar com alguém, sentir o sol na pele, sentar no banco de uma praça, comer uma das minhas comidas preferidas, apreciar um sorriso, olhar uma criança correndo, escutar uma playlist feita pra mim no Spotify, contar as estrelas no céu, colocar o pé na grama. Saborear na íntegra o que eu consigo absorver.
Eu sou apaixonada por estes detalhes, essas miudezas, romantizar a própria vida, e é preciso desacelerar para os sentir. Ter estes momentos nos meus dias, me salva, é um ato de ternura, me traz equilíbrio, me alinha. Deixa o coração mais leve, e os pensamentos mais livres. Tudo flui em total harmonia.
Muitas das vezes olhar pra dentro de si, ter conversas íntimas e profundas consigo mesma, nos dar acolhimento, faz a gente se encontrar, e se apaixonar ainda mais por nós, pela nossa essência. Merecemos o lado bonito da vida, o que de melhor ela pode nos oferecer, conexão com a nossa imensidão, e manter uma grande história de amor com a nossa infinitude.

— .(Escrito dia 22/09/2024, ás 18:07).