Quando a gente vê alguém ali, a gente só vê alguém ali, a gente perde a parte de como ela chegou ali, da onde ela veio, quanto tempo levou, o calo no pé, as coisas que negou, os tropeços que deu, os desvios que tomou, para simplesmente estar ali. E o ali do outro, talvez seja, o seu aqui. E daà a gente caà no erro de medir a distância dos outros com o nosso corpo, o tempo dos outros com o nosso tempo, e esse lembrete é pra dizer que isso não faz sentido. Você não sabe o quanto custou essa presença, não seja a régua do sonho desconhecido, tenha respeito pelos deslocamentos, velocidades e tempo investido. Entenda de vez, que o seu ali, já é o aqui de alguém, e para esse alguém, você ainda é, alguém ali.
— .(Escrito dia 30/10/2024, ás 23:23).