Jair Bolsonaro (PL) não conseguirá se livrar da responsabilidade por eventuais crimes alegando que tinha tomado morfina antes de cometê-los. O ex-presidente prestou depoimento na PolÃcia Federal na quarta (26) para explicar o compartilhamento de um vÃdeo com ataques ao sistema eleitoral dois dias depois do 8/1. Ele é suspeito de incitar publicamente a prática de crimes. Ao explicar a postagem, Bolsonaro afirmou que tinha sido internado com obstrução intestinal na véspera e que tomou morfina para se tratar. De acordo com o artigo 28 do Código Penal, "a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos" não torna a pessoa inimputável, ou seja, não exclui a possibilidade de ela responder criminalmente por seus atos. O criminalista Pierpaolo Bottini afirma que "pelo Código Penal, a prática de crimes sob efeito de remédios não exclui a responsabilidade do agente". Isso só ocorreria caso Bolsonaro tivesse ingerido alguma substância cujos efeitos colaterais fossem desconhecidos. Folhapress.