Porque �s vezes quando tudo � imposs�vel
vejo uma luz que me guia para um rumo certo.
Sei que essa luz esta  dentro de mim, em meus pensamentos.
essa luz apenas depende de mim, se escurece quando mi vejo
dominada por id�ias inexas, fazendo-me  perder o rumo,
 caminho do qual devo seguir, mas quando brilha
a satisfa��o em devorar barreiras enormes.
Quando essa luz se balanceia em vertiginosas teias,
criadas e transformadas por um exterior sujo e dispens�vel,
torna-se quase imposs�vel encar�-la.
 Porque automaticamente deixam de ser apenas eu,
e me vejo arrastada por sombras formadas por minha
pr�pria imagina��o. nesses momentos ou�o gritos irreflectidos no espa�o.
Um espa�o que n�o me pertencia. Eram risos, vozes, entregas.
Era esse ser dos infernos, era eu a ser totalmente est�pida.
Para comigo, para com o momento. uma entrega dilacerante.
Era um v�cuo que me sugava para dentro, sem hesitar.
Era um controle perdido em pequenos derrames de insanidade,
era um �xtase de desespero. Desespero pela falta que me fazia,
agonia por ver demais, ser demais, �nsia por viver.
Somente ser. Sem direito a tr�guas.
Da� a minha revolta. O meu contracensos.
Fui impr�pria, n�o para o exterior
mas para com a grua que sustentava a minha loucura.
Louca, fui louca. Fui sempre eu. Fui sempre o que sou.
Num quotidiano sufocante afoguei a minha revolta,
exorcizando ofegante essa solid�o pontual,
abafando um vulc�o que teimava em eclodir atrav�s da minha boca,
do meu peito, sobretudo atrav�s de cada poro meu,
adormecendo, sacrificando esmagando cada vontade.
Porque esse sacrif�cio eu fui obrigada a efectuar,
essa demora fui eu que suportei.
Mesmo quando o cinismo e a imundice rodeavam o mundo
que me rodeava, por entre cada riso, cada desejo,
cada noite, consegui sempre superar, esperando a suas vontades,
a sentir o inferno que inesperadamente tomou conta da minha realidade

"Onde o Amor n�o consegue realizar a sua generosa tarefa,
a Mestra Dor � convocada a atuar. � como numa opera��o cir�rgica urgente,
em que o bisturi interv�m para salvar o corpo da criatura humana,
o morado do Esp�rito na Terra"