...dou por mim a olhar-te, sem que estejas
aqui, a sentir-te sem que te encostes em mim, a escutar-te sem que me fales.
� uma sensa��o diferente, esquisita, paranormal. Existe entre n�s algo de
inexplic�vel que nos liga um ao outro, uma esp�cie de canal directo. Sei que
est�s comigo, ainda que n�o te veja, sei, particularmente nos momentos mais
dif�ceis da minha vida, que habitas dentro de mim, que posso contar com a tua
for�a, com o teu alento. Esta forma de nos sentirmos, a forma como na dist�ncia
vivemos algo de t�o transcendental, torna dif�cil qualificar esta rela��o quase
id�lica, num amor quase plat�nico que o tempo prolonga, agu�a e fortalece e que
a dist�ncia amadurece.
Na priva��o dos desejos, na admira��o das palavras, e no equil�brio dos
sentidos, vamos deixando passar os dias, na esperan�a inconfessada que num deles
tenhamos a oportunidade de nos encontrar, de partilhar o calor dos corpos num
abra�o apertado, terno e demorado, num beijo suave e delicado. Mas continuas
aqui, sentado a meu lado sem que te veja, soprando-me ao ouvido as palavras que
devo escrever, afagando-me os cabelos e fazendo-te sentir presente. Sei, que
estando aqui, tamb�m estou a teu lado, oferecendo-te o meu colo para deitares a
cabe�a, enxugando-te as l�grimas que j� n�o choras, desenhando-te os sonhos que
queres sonhar.
Somos dois peda�os do mesmo eu, distantes, mas
t�o intimamente ligados que nos completamos.
aqui, a sentir-te sem que te encostes em mim, a escutar-te sem que me fales.
� uma sensa��o diferente, esquisita, paranormal. Existe entre n�s algo de
inexplic�vel que nos liga um ao outro, uma esp�cie de canal directo. Sei que
est�s comigo, ainda que n�o te veja, sei, particularmente nos momentos mais
dif�ceis da minha vida, que habitas dentro de mim, que posso contar com a tua
for�a, com o teu alento. Esta forma de nos sentirmos, a forma como na dist�ncia
vivemos algo de t�o transcendental, torna dif�cil qualificar esta rela��o quase
id�lica, num amor quase plat�nico que o tempo prolonga, agu�a e fortalece e que
a dist�ncia amadurece.
Na priva��o dos desejos, na admira��o das palavras, e no equil�brio dos
sentidos, vamos deixando passar os dias, na esperan�a inconfessada que num deles
tenhamos a oportunidade de nos encontrar, de partilhar o calor dos corpos num
abra�o apertado, terno e demorado, num beijo suave e delicado. Mas continuas
aqui, sentado a meu lado sem que te veja, soprando-me ao ouvido as palavras que
devo escrever, afagando-me os cabelos e fazendo-te sentir presente. Sei, que
estando aqui, tamb�m estou a teu lado, oferecendo-te o meu colo para deitares a
cabe�a, enxugando-te as l�grimas que j� n�o choras, desenhando-te os sonhos que
queres sonhar.
Somos dois peda�os do mesmo eu, distantes, mas
t�o intimamente ligados que nos completamos.