E nada ligaria se um precip�cio se abrisse,
Se nas lagrimas me afogasse, se me perdesse no caminho escuro.
N�o ligaria se o dia virasse noite, se o sol nunca fosse posto
E a neve encobrisse quem sou�
E nada adiantaria implorar por amor,
Mostrar minha dor, porque ningu�m mesmo ouviria�
E n�o viria mais pelo mesmo caminho buscando algo que cessasse a dor,
E n�o sorriria mais ao ver algo que inflamasse meu ser,
E n�o imploraria por um floco de neve se quer�
Do que adiantar ser algu�m, se nem sorrir me basta mais?
E o que adianta ter palavras certas, abra�os confortantes se o que meu ser frio precisa, n�o encontra?
E o que me resta; ao saber que mesmo nesse sombrio absurdo sou sozinha sou absurdo sou contradi��o no mundo?
Onde estar� a resposta afinal? Onde ficar� meu cora��o? Num punhal?
Talvez se essas meras palavras me saciassem,
Talvez se somente o frio me confortasse,
Talvez se o pr�prio existisse as coisas n�o fossem bem assim
Mas�
L�grimas caem, mais uma noite se vai e eu fico aqui a vagar sozinha,
Buscando salva��o para um caminho dif�cil,
Buscando cura para um n�o sorriso,
Buscando amor, num mundo absurdo,
Procurando explica��o para um ser confuso�