Como sempre. No fundo todo o nosso percurso tem um objetivo.
Tem um rumo. O mais correto, o mais nosso.
Normalmente personalidades avessas ao equil�brio
encontram esta tarefa dificultada, mas n�o impossibilitada.
Sei que custar�, e receio que n�o consiga.
Por eternidades ou por momentos.
Contudo sei que agora, agora que tudo mudou,
agora que me insiro numa nova vida...
Essa que tento ser, reencontrar-me, mas algo impede-me...
Talvez fantasmas de um passado atomenta-me...
Faz-me sentir sem sa�da...
Tento olhar para mim mesma
e ver quem eu sou, o que eu fez a voc�...
Quem eu sou na tua vida...
Sei que vou ter que resgatar momentos de uma vida,
da qual eu me culpo dia apos dias. Eu errei.
Errei e vou ter de ser punida...
Perco-me nos meus pr�prios sentidos,
pensando no que fazer...
Sinto-me sem sa�da, sem rumo certo,
numa busca infinita...
Busca. Procura.
Paci�ncias, toler�ncias,
aquelas que come�am a esgotar-se.
Satura��es. E a vis�o, o sentido,
como se fosse uma ilha completamente isolada no oceano,
onde eu distendesse as minhas pernas
e elevasse estrategicamente o meu p� direito.
Assente num sapato de salto alto...
Sem sentir firmeza a prosseguir essa minha nova caminhada...
Sei que vou ter de sofrer as consequ�ncias de meus atos.
Agora que prossigo no caminho do fim de um desejo impetuoso,
agora que me sinto rodeada, que preencho lacunas deixadas,
agora que as noites t�m outra cor, que at� os dias t�m outra imagem,
mas antes de tudo agora que me coloco em v�rios c�rculos...
Meu eu acusa-me, condena-me, � preciso resgatar o que ficou.
S� assim sentirei livre, liberta dessas amarras que me prende.
Numa condena��o eterna, num abismo obscuro de id�ias e
desejos passados.
Agora sei que h� mais. E muito mais em mim.
Mas o que fazer pra tudo voltar ao inicio e poder corrigir o que fez?
Noite e noites pensando, sofrendo nesses devaneios, quimeras.
Busca de id�ias... Se podes se voltar no tempo?...