Saudade define a falta, a necessidade
do que j� se teve e n�o tem mais. Ou n�o.
Sinto saudades do que nunca tive em minhas m�os.
Ela aflora tomando lugar em mim dando vaz�o ao desespero.
Como j� lhe quis! Est�s t�o longe! J� posso ver meu reflexo nas l�grimas
que se acumulam a meus p�s, como em frente a um espelho quebrado
vejo-me em peda�os. Encolho-me e me enrolo, choro.
Os len��is brancos estendidos no quintal trazem
a recorda��o do que nunca aconteceu�
Sonhos, devaneios apenas, mas t�o reais!
Como a lembran�a daquela rosa que n�o me destes,
mas que posso sentir o perfume e a dor ao espetar meus dedos em seus espinhos,
ssim como a sensa��o de seus olhos profundos prendendo os meus
e o sabor da l�grima do adeus. Ao relento, vislumbro as constela��es no c�u,
seu sorriso se abre pra mim reluzente como a via L�ctea e
o frescor da noite acaricia meu rosto como se fosse seu h�lito,
t�o pr�ximo, t�o extasiante, inspiro sentindo o bouquet que me atordoa.
Quando foi que me viciei no que nunca provei? Mas se n�o fosses v�cio,
n�o sentiria abstin�ncia nem rea��es colaterais recorrentes dessa aus�ncia.
Meu cora��o bate descompassado, parece que vai falhar
e ent�o prova mais dessa lembran�a inventada passando a fluir seus batimentos
como asas de colibri. Talvez eu me torne um colibri, ou alguma ave migrat�ria
e podendo voar arranque essa dist�ncia pela raiz,
mesmo que ao findar a viagem, caia a seus p�s, cansada
e ferida ansiando que me acolhas, afague-me
e sinta ao menos, pena daquela que personificou o significado
da palavra saudade.
do que j� se teve e n�o tem mais. Ou n�o.
Sinto saudades do que nunca tive em minhas m�os.
Ela aflora tomando lugar em mim dando vaz�o ao desespero.
Como j� lhe quis! Est�s t�o longe! J� posso ver meu reflexo nas l�grimas
que se acumulam a meus p�s, como em frente a um espelho quebrado
vejo-me em peda�os. Encolho-me e me enrolo, choro.
Os len��is brancos estendidos no quintal trazem
a recorda��o do que nunca aconteceu�
Sonhos, devaneios apenas, mas t�o reais!
Como a lembran�a daquela rosa que n�o me destes,
mas que posso sentir o perfume e a dor ao espetar meus dedos em seus espinhos,
ssim como a sensa��o de seus olhos profundos prendendo os meus
e o sabor da l�grima do adeus. Ao relento, vislumbro as constela��es no c�u,
seu sorriso se abre pra mim reluzente como a via L�ctea e
o frescor da noite acaricia meu rosto como se fosse seu h�lito,
t�o pr�ximo, t�o extasiante, inspiro sentindo o bouquet que me atordoa.
Quando foi que me viciei no que nunca provei? Mas se n�o fosses v�cio,
n�o sentiria abstin�ncia nem rea��es colaterais recorrentes dessa aus�ncia.
Meu cora��o bate descompassado, parece que vai falhar
e ent�o prova mais dessa lembran�a inventada passando a fluir seus batimentos
como asas de colibri. Talvez eu me torne um colibri, ou alguma ave migrat�ria
e podendo voar arranque essa dist�ncia pela raiz,
mesmo que ao findar a viagem, caia a seus p�s, cansada
e ferida ansiando que me acolhas, afague-me
e sinta ao menos, pena daquela que personificou o significado
da palavra saudade.