Olhei � minha volta e vi um mundo cheio de coisas com import�ncia.
E concentrei-me para olhar mais de perto pormenores
que descurei quando morava num mundo pequeno e fechado,
onde apenas havia uma casa, uma rua e um jardim.
E quando olhei, descobri que, houve um tempo em vivi num mundo
de import�ncia relativa que a ilus�o constr�i.
Dentro de mim, havia coisas cheias de import�ncia desperdi�adas
por falta de aten��o. Dentro de mim havia um mundo infinito que,
de n�o ter fim � primeira vista, foi abandonado � falta de cuidados.
Eu chamava-lhe Amor, mas, se calhar, era s� eu a cham�-lo assim
e a viv�-lo nessa dimens�o de grandeza,
sem peso nem medida para al�m do sopro de vida que s� ele cont�m.
Um dia as minhas coisas com extrema import�ncia
desequilibram-se e espalharam-se pelo ch�o.
E eu corri muito e corri tudo para as apanhar,
mas tudo desapareceu nos buracos que faziam de ch�o.
Hoje, reparo que o mundo � minha volta est� repleto
de coisas valiosas e que, das minhas coisas cheias de import�ncia,
sobrou p� levantado pela tempestade.