Desde que comecei a pensar a s�rio sobre as coisas,
o mundo mudou de tamanho e perdeu alguma cor.
O pormenor tornou-se em profundo embara�o
numa imensa teia de pensamentos cada vez mais densos
e distantes do resto do mundo.
Aqui e ali reparo na inutilidade do esfor�o
da explica��o. De nada vale querer a nitidez do inexplic�vel,
porque ela n�o existe sen�o na formula��o do problema isolado da emo��o.
E pensar a s�rio sobre as coisas � render-me ao constrangimento
de procurar a ponta de um novelo imagin�rio de infinitas quest�es poss�veis,
umas reais, outras fingidas, outras ainda invis�veis.
Na confus�o de sentidos relativos que atribu�mos �s coisas,
trope�amos em empecilhos desarrumados em n�s mesmos,
pela nossa condi��o humana. O que perdemos em inoc�ncia prende-nos
na teia como v�timas da nossa pr�pria constru��o do mundo.
E deixamos acontecer o limite da nossa pr�pria elasticidade at� rasgar.
Depois disso o retorno a um corpo inteiro � implaus�vel,
� nada mais do que um exerc�cio do esp�rito especulativo.
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