Eu, que vivi o mais ef�mero de todos os amores infinitos
que conhe�o, acredito na ideia de um sempre,
de algu�m �nico e na incondicionalidade do sentimento.
Eu, que vivi o mais breve de todos os amores eternos
que testemunho � minha volta, acredito, apesar de tudo,
no Amor como sangue, suor e dor no corpo como na alma,
ess�ncia de vida. Na guerra n�o sei mas no
Amor vale tudo e nesse "vale tudo" cresce resistente o Amor.
Na vers�o dos outros o Amor neles sobrevive contra tudo,
na minha, que jurei para sempre, em todas as batalhas fui vencida.
Todos os grandes amores que conhe�o continuam eternos menos o meu.
Mas, quando olho para esses jardins que aguentam ventos
e tempestades e permanecem floridos,
indiferentes � viol�ncia das esta��es do ano,
invade-me uma f� que n�o renego e assumo
que vale tudo em defesa do Amor.
Teimo em acreditar numa vers�o maior do
que aquela que vivi, que julguei perfeita
e infinita e se desfez t�o rapidamente
como uma nuvem passageira ao sabor do vento.