Sabe-me a �gua salgada o dia que termino sem mar � vista e praia adiada.
Sabe-me o dia a outra vida que n�o esqueci.
Sabem-me as horas ao desassossego insatisfeito que noutro tempo vivi.
Sabe-me a tudo e a nada e a uma vontade desencontrada.
Sabe-me ao mundo que encontrei um dia e no dia seguinte perdi.
Sabe-me ao sonho de um Amor inteiro e maior do que a vida.
Sabe-me a quem n�o distingo, na alma, de mim.
Sabe-me ao vazio e � melancolia das coisas pequeninas.
Sabe-me ao que adorme�o todos os dias e � dist�ncia que me arrefece.
Sabe-me a folhas mortas e a florestas desertas. Sabe-me ao desejo e ao imposs�vel.
Sabe-me � intensidade que me sobra e que n�o sei p�r de lado nem tornar impercept�vel.
Na boca tenho o gosto de um querer de alma que n�o se cumpre nem adormece.