Ilus�o!
Sinto uma dor profunda no lado esquerdo quando desperto.
Imagens difusas. Entregas que n�o sucedem. Fim que n�o acontece.
Ilus�o que n�o me envolvem nos segundos. Horas cont�nuas.
Minutos em passadas lentas. Como se fosse parar. Para o tempo.
Parar o desejo. Parar o querer. Antes me deixava inquieta.
Longa espera sem fim. Hoje. Hoje n�o espero mais, tudo vai lento.
Como o tic tac dos minutos, Meu querer vai se evaporando,
esvaindo. Horas e horas voc� n�o vinha. Fechei-me para o mundo.
Fechei-me para ti. Sinto-o longe, apagando,disolvendo,
dilu�do nos minutos que vai acompanhando os segundos sem conta.
Exorcizar. Escrever. Libertar. � isso que eu fa�o.
D�i-me o cora��o como se tivesse equilibrada numa id�ia e emo��o,
D�i-me por detr�s das costas da minha consci�ncia de sentir.
Sinto-me a margem de um precip�cio. De passada a passo incerto.
E um deles acerta o vazio, e caio.
Como se fosse a qualquer momento transportar-me da realidade...
Aos sonhos... As dimens�es...Ao vazio.
Tudo cresce, cresce, morre. � um ir e vir de vidas.
Eu apenas olho,olho sem sequer entender. Porque estou aqui?
Do que fa�o parte? E as vezes � como se eu tamb�m crescesse,
cresce,torna-se aut�noma. Todavia eu n�o consigo.
Fico ali no limiar. A subir, subir, por entres escarpadas,
brilhantes. Mas nunca alcan�o o topo. O topo. O topo.
Olhar perdido. Sinto sua ess�ncia no ar. Estendo as m�o,
quase posso toca-lo. Revejo-me em passos lentos.
Fecho os olhos, Sinto-o distante, sinto-o presente.
Me persegues. Seus grandes olhos nos meus.
E por momento tudo se funde. No entrela�ar de mente e corpo.
� como se quando estivesse ali,e contorcesse suplicante,
estivesse n�o mais que a comunicar etereamente, no ar, no olhar.
Como se s� pudesse ser assim. J� nem se trata de conseguir ser.
S� pudesse ser assim. E depois recolho-me,
escondo-me atr�s da sua imagem em mim. J� n�o � meu escudo.
� como se eu conseguisse desencarnar,desconectar de ti.
E tu deixaste de ser uma mera imagem, e eu fosse apenas eu.
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