A Humanidade do Absinto
Quando intensas multid�es de esp�ritos, exilados de um dos orbes que
giram em torno da Estrela Capela, chegaram ao Planeta Terra, numa �poca
que se perde na poeira dos mil�nios, encontraram o Homem nos primeiros
est�gios da evolu��o. Aqueles esp�ritos vindos da Constela��o do
Cocheiro s�o catalogados na tradi��o religiosa terrena como os
degredados filhos de Eva, expulsos do Para�so. Eles realmente foram
expulsos de um para�so que perderam, por sua fixa��o na maldade. Nos
dias de hoje, no Planeta Terra, que est� � beira de ser elevado
�categoria de MUNDO DE REGENERA��O,
fen�meno semelhante ao que se deu no
sistema de Capela est� para se repetir: bilh�es e bilh�es de esp�ritos
compulsoriamente daqui partir�o para o Planeta Absinto, e l� encontrar�o
uma humanidade iniciante, tal qual aquela que habitava a Terra quando
aqui chegaram os capelinos. Como eram ent�o os terr�queos daquela t�o
distante �poca? O saudoso Edgard Armond, no seu conhecido livro �Os
Exilados da Capela�, transcreve mensagem do Esp�rito Jo�o, o
Evangelista, publicada em �Roma e o Evangelho�, de Pellicer: - �Ad�o
ainda n�o tinha vindo. Porque eu via um homem, dois homens, muitos
homens, e no meio deles n�o encontrava Ad�o e nenhum deles conhecia
Ad�o. Eram os homens primitivos, esses que meu esp�rito, absorto,
contemplava. Era o primeiro dia da humanidade; por�m, que humanidade meu
Deus!� Era tamb�m o primeiro dia do sentimento, da vontade e da luz;
mas de um sentimento que apenas se diferen�ava da sensa��o, de uma
vontade que apenas desvanecia as sombras do instinto. Primeiro que tudo o
homem procurou o que comer; ap�s, procurou uma companheira, juntou-se
com ela e tiveram filhos. Meu esp�rito n�o via o homem do Para�so; via
muito menos que o homem, cousa pouco mais que um animal superior. Seus
olhos n�o refletiam a luz da intelig�ncia; sua fronte desaparecia sob o
cabelo �spero e rijo da cabe�a; sua boca, desmesuradamente aberta,
prolongava-se para diante; suas m�os se pareciam com os p�s e
frequentemente tinham o emprego destes; uma pele pilosa e rija cobria as
suas carnes duras e secas, que n�o dissimulavam a fealdade do
esqueleto. Oh! Se tivesseis visto, como eu, o homem do primeiro dia, com
seus bra�os magros e esqu�lidos ca�dos ao longo do corpo e com suas
grandes m�os pendidas at� os joelhos, vosso esp�rito teria fechado os
olhos para n�o ver e procuraria o sono para esquecer. Seu comer era como
devorar; bebia abaixando a cabe�a e submergindo os grossos l�bios nas
�guas; seu andar era pesado e vacilante como se a vontade n�o
interviesse; seus olhos vagavam sem express�o pelos objetos, como se a
vis�o n�o se refletisse em sua alma; e seu amor e seu �dio, que nasciam
de suas necessidades satisfeitas ou contrariadas, eram passageiros como
as impress�es que se estampavam em seu esp�rito e grosseiros como as
necessidades em que tinham sua origem. O homem primitivo falava, por�m
n�o como o homem; alguns sons guturais, acompanhados de gestos, os
precisos para responder �s suas necessidades mais urgentes. Fugia da
sociedade e buscava a solid�o; ocultava-se da luz e procurava
indolentemente nas trevas a satisfa��o de suas exig�ncias naturais. Era
escravo do mais grosseiro ego�smo; n�o procurava alimento sen�o para si;
chamava a companheira em �pocas determinadas, quando eram mais
imperiosos os desejos da carne e, satisfeito o apetite, retra�a-se de
novo � solid�o sem mais cuidar da prole. O homem primitivo nunca ria;
nunca seus olhos derramavam l�grimas; o seu prazer era um grito e a sua
dor era um gemido. O pensar fatigava-o; fugia do pensamento como da
luz.� E mais para diante acrescenta: - �E nesses homens brutos do
primeiro dia o predom�nio org�nico gerou a for�a muscular; e a vontade
subjugada pela carne gerou o abuso da for�a; dos est�mulos da carne
nasceu o amor; do abuso da for�a nasceu o �dio, e a luz, agindo sobre o
amor e sobre o tempo, gerou as sociedades primitivas. A fam�lia existe
pela carne; a sociedade existe pela for�a. Moravam as fam�lias � vista
de todos, protegiam-se, criavam rebanhos, levantavam tendas sobre
troncos e depois caminhavam sobre a terra. O homem mais forte � o senhor
da tribo; a tribo mais poderosa � o lobo das outras. As tribos
errantes, como o furac�o, marcham para diante e, como gafanhotos,
assaltam a terra onde pousam seus enxames�. Assim, como bem deixa ver o
Evangelista, no final de sua comunica��o, com o correr dos tempos as
fam�lias foram se unindo, formando tribos, amalgamando-se, cruzando
tipos, elegendo chefes e elaborando as primeiras regras de vida em
comum, que visavam preferentemente as necessidades materiais da
subsist�ncia e da procria��o.� Eis a� o que est� reservado aos que, por
suas m�s obras, se colocarem � esquerda do Cristo, quando, no GRANDE
JULGAMENTO, anunciado nos Evangelhos, �vier o Filho de Deus na sua
majestade e todos os Anjos com Ele, e, ent�o, se assentar� no Trono de
Sua Gl�ria; e todas as na��es ser�o reunidas em Sua presen�a, e Ele
separar� uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas, e
por� as ovelhas � Sua direita, mas os cabritos � Sua esquerda (�) e
ir�o os pecadores (que n�o t�m boas obras em benef�cio dos seus
semelhantes: a semeadura � livre, mas a colheita � obrigat�ria) para o
castigo eterno (eterno enquanto durar o erro, o estado de pecado;
enquanto o pecador n�o se redimir dos seus d�bitos atrav�s das
reencarna��es sucessivas); por�m, os justos ir�o para a vida eterna�.
Amemo-nos, como JESUS nos amou, para merecermos a Sua prote��o
misericordiosa, neste tr�gico final de ciclo.
Jos� de Paiva Netto
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