Sentimento estranho este que me abra�a e toca a pele, faz vibrar o corpo e estremecer a alma.
N�o � amor, n�o ser� paix�o, mas ainda assim vibra intensamente, ignorando de todo a minha inaptid�o para reconhecer em mim esta sucess�o avassaladora de acontecimentos e emo��es.
Sinto-me... acho-me... creio...
N�o.
N�o sinto nem acho e muito menos creio.
No nada me sustento � imagem do trapezista que actua sem rede neste salto no vazio inc�gnito que �, afinal, a vida.
Na certeza do incerto apenas uma imagem, uma letra, uma melodia.
Uma lembran�a... perdida nas l�grimas que flutuam livremente no fingimento de n�o sentir.
Som.
S�.
Nao quero desistir
Ao leme de um barco de uma vida que � a minha,
tento encontrar uma luz que me guie para
longe da escurid�o que me envolve
e na qual me perco um pouco mais
a cada dia que passa.
N�o quero desistir
mas n�o ouso continuar.
Temo-te e ainda assim
desejo-te.
Afasto-me desejando aproximar-me
cada vez mais.
Repudio-te e no entanto
a saudade queima o meu ser.
N�o sei mais o que fazer.
Perco-me nova e repetidamente.
At� quando?