Manh�, submersa em n�voas
tranquilas. Espa�o transl�cido
entre os galhos de uma �rvore
que fica, olhando o tempo passar,
por entre a sua folhagem.
Despertar tranquilo, no sil�ncio
que a Noite propaga para o dia,
na calmaria. Acordar mist�rios,
envoltos nesta nuvem branca,
onde nascem os sonhos,
onde dormem as estrelas.
Faz-se, o dia, passo a passo,
com o caminhar da luz.
Rouba segredos escondidos na
penumbra suave que
a Noite lhe entrega.
Correm os rios, enchem-se
os mares, transbordam os
oceanos da vida que
este novo dia,
agora desperta. Escuto
o primeiro canto, o primeiro
estalar
de ramos, o primeiro
instante em que um
p�ssaro distante,
as folhas agita.
Neste mar de tranquilidades,
com a Lua adormecida,
deixo o corpo ser levado,
nas asas desta brisa.
O sil�ncio povoa-se de vida,
e a minha, segue,
ao ritmos dos saltos dos
segundos, que se fazem
dos minutos, que tomam
conta de todas as horas.
Amanheceu, e o corpo imerso
nesta bruma imaculada,
sente os elementos que
o tocam, o frio, a h�midade,
mas sente sobretudo a vida,
que se agita em seu redor.
� dia!
- H� alturas e situa��es na vida que
o mais importante n�o � veres a pessoa.
� sentires essa pessoa.
E, de uma forma inexplic�vel,
eu sinto-te. Quando estou
a falar contigo, consigo imaginar-te-
Consigo ver os teus olhos,
os teus l�bios,
o teu cabelo, a forma como
passas as m�os sobre ele.
Como gesticulas,
quando exp�es um assunto...
O mesmo acontece quando
n�o estou a falar contigo.
Quando as almas se encontram,
Basta o sil�ncio,
Porque as palavras j� n�o fazem mais sentido...
Quando as almas se encontram,
Cessa a dor,
J� que a saudade inexplic�vel se dissolve...
Quando as almas se encontram,
O tempo p�ra
E a eternidade corrobora a certeza
Guardada no cora��o,
Sobre todas as coisas que sabemos existir
Apenas dentro de n�s.