l�grimas perdidas na noite.
P�talas despidas duma fl�r qualquer.
Sentidos esva�dos,
exprimidos,
contidos apenas na ess�ncia
de um instante feito de �gua,
com sal mesclada.
Hoje, quero evaporar-me contigo,
mudar de forma,
esquecer-me de toda
e qualquer norma,
ser apenas ar,
vol�til, vazio,
e nada mais.
Quero subir,
unir-me �s nuvens
que cobrem as tuas estrelas
tornar-me tormenta,
condensar-me de novo.
Purificado, quero cair,
em direc��o � terra,
para novamente me perder,
sobre um telhado,
uma fl�r, ou simplesmente,
uma estrada negra,
um caminho que me leva de volta
a lugar nenhum.
De regresso,
ao mar revolto,
atrav�s da do�ura dum ribeiro qualquer,
volto a salgar-me como as l�grimas
que te escorrem pela face,
nesta noite escura
em que a minha alma
n�o iluminou
o teu caminhar.