E PORQUE O AMOR � CEGO...
H� muitos e muitos anos, tantos quantos nem se pode contar, narra a lenda, a paz reinava no Olimpo dos deuses e a felicidade na Terra dos homens...
A fortuna imperava nos pa�ses, a paz entre as na��es, a harmonia entre os lares, e o amor entre os afortunados casais...
At� que um dia uma mulher da Terra traiu o marido com um deus do Olimpo. E dessa uni�o ad�ltera nasceu uma filha muito louca, t�o louca que lhe deram o nome de �Loucura�...
Os deuses do Olimpo ficaram preocupados e fecharam as portas do celestial monte - resid�ncia divina - para que jamais a menina Loucura violasse os port�es sagrados...
Entretanto...
Certa vez, brincando nos jardins do Olimpo, o menino Cupido, Deus do Amor e filho da Deusa V�nus, quando brincava nas majestosas al�ias, encontrou �Loucura� que conseguira burlar a vigil�ncia e penetrar os divinais jardins dos deuses...
Logo ficaram amigos. Brincavam juntos, corriam pelos corredores e al�ias ajardinadas em incans�veis brincadeiras, mesmo a contragosto da m�e, V�nus.
Vez por outra discutiam. Brincavam e brigavam, como todas as crian�as.
V�nus proibira terminantemente que o filho se encontrasse com a p�rfida �Loucura�, afirmando que ela seria a causa de todos os infort�nios no Olimpo dos Deuses e na Terra dos humanos...
Mas crian�a � crian�a e Cupido jamais obedeceu � divina m�e.
Encontrava-se de vez em quando com a nova amiguinha para os folguedos infantis, alegres e inocentes de todas as crian�as, sejam filhos de deuses ou de humanos...
E Cupido e �Loucura� brincavam e brigavam, brigavam e tornavam de bem, como fazem as crian�as normais...
Numa dessas discuss�es Loucura empurrou Cupido que bateu com a cabe�a em uma rocha e ficou desmaiado...
Chamada ao local, a m�e V�nus, vendo o filho ensang�entado, desmaiado sobre a rocha, segurou-o nos bra�os e, enlouquecida pela dor, procurou Ascl�pio - o Deus da Medicina...
Ap�s os exames de praxe, Ascl�pio, sentenciou:
- Cupido n�o morrer� porque � um deus, e como tal imortal... Mas o ferimento � grave, provocou uma concuss�o no c�rebro...
Olhou com piedade a Deusa M�e e concluiu:
- Cupido ficar� cego para sempre. Jamais ver� a luz do Sol!
Desesperada e cheia de �dio, V�nus clama por vingan�a. E exige um Conselho dos Deuses para julgar �Loucura�...
No Julgamento, cada Deus pronuncia a sua senten�a.
O Deus Merc�rio - Deus do Com�rcio - prop�s um pagamento em ouro, como compensa��o pela gravidade do crime...
Marte - o Deus da Guerra - sentenciou a Lei do Tali�o: �Loucura� provocou a cegueira de Cupido. Que furem os olhos da criminosa para que fique cega tamb�m...
Em seguida, falou a Lua:
- �Como m�e, jamais permitirei a terr�vel pena do Tali�o: proponho que �Loucura� seja encerrada em uma masmorra escura e que, como Cupido, jamais veja a Luz do Sol�...
Assim cada deus afirmou a sua senten�a.
Finalmente falou Saturno - Chronos - o Deus do Tempo, regente da Lei e do Carma:
- �Nada do que foi proposto restituir� a vis�o a Cupido. Como ele n�o pode caminhar sozinho porque est� cego, sentencio que Loucura seja condenada a guiar pelo bra�o o menino Cupido, por todos os lugares, e por toda a eternidade�...
E esta foi a senten�a confirmada pela unanimidade dos deuses.
Por isso, amados leitores, ainda hoje, Cupido - o Amor - � cego e guiado por uma louca... e os amantes perdidos nos desgostos, entre ci�mes e trai��es, vivem, na maioria das vezes, e com raras e maravilhosas exce��es, infelizes...
Mas os deuses s�o generosos.
Para amenizar o carma humano e ajudar a resgatar o amor, criaram a Astrologia, e ensinaram aos astr�logos a arte de interpretar o destino das pessoas em geral e dos amantes em particular, atrav�s da an�lise dos hor�scopos... para ajud�-los nos momentos mais dif�ceis, sempre de acordo com os tr�nsitos planet�rios e estelares...
O hor�scopo individual orienta como administrar a exist�ncia, para tornar a vida mais segura e mais feliz...
A Progress�o anual ensina como administrar a vida ao longo do tempo...
E a sinastria, ou astropedagogia, ensina como administrar o amor para a felicidade dos casais e para o fortalecimento da fam�lia humana..
Autor desconhecido