Pinto-me fria,
fresca �gua,
sinto-me fogo espesso,
envolvente...
Pinto-me eu
e sou apenas eu...
um pouco mais do que me pinto,
um pouco menos do que me vejo...
N�o � incerteza,
esta fina fronteira de emo��es
que derrubo num simples suspiro!
Ah...!! Atrevia-me gritar
mas nada sai, gritar seu nome...
na noite, no vento,
nos caminhos inserto
sem nada encontrar...
Desconhe�o-me.
Desencontro-me
no que conhe�o.
trovoada,
chuva pensamentos por apagar.
Desenrolo-me
e enleio-me em mim mesma,
leio-me com tantos come�os
e tantos fins como got�culas min�sculas
e acutilantes tem o nevoeiro
onde enganosamente me refugio...
As impiedosas e certeiras agulhas
s�o as minhas contradi��es
mais-que-perfeitas
no que me faz ser mais eu,
cada vez mais longe,
cada vez mais perto
de uma meta sem hora
para chegar.
Procuro-me,
preciso saber onde estou,
perdi-me nos sonhos,
nao sei como voltar.