Caminho Para A Felicidade
N�o precisa caminhar muito
Para encontrar a felicidade
Na metade do caminho
Voc� encontra uma amizade
Seu destino j� est� tra�ado
E dele voc� n�o escapa
Faz um caminho na sua vida
� fica t�o complicado como crian�a se localizando num mapa
Se nesse caminho voc� encontrar sua cara-metade
N�o a deixe se perder
Voc� deve buscar seus ideais
Doa a quem doer
A raiva pode aparecer em alguns momentos
Pode tentar te iludir
Pode te fazer sofrer
N�o siga esse caminho, voc� s� tem a perder
Confrontos podem te assustar
Transtornos podem te sufocar
Encare-os de cabe�a erguida
N�o tente evit�-los nem evadi-los
Luzes negras aparecer�o
Caminhos obscuros deixar�o voc� cego
Nesse momento uma amizade se ramificar� em amor
Amor n�o correspondido,
Ignorado ou simplesmente esnobado
Voc� chorar� l�grimas de mais puro temor
Se voc� pensa que por a� terminou
Ainda n�o viu nada
Sonhos falsos, ilus�es e fantasias
Se fazer�o de amigos fi�is
N�o se deixe levar pelas apar�ncias
Elas simplesmente s�o m�scaras
A realidade que vem depois
Desvendar� a impiedosa e falsa amizade.
Um amor verdadeiro aparecer�
por fim o amor vir�,
E o caminho chegar� ao fim.
Tudo isso que acontece
O cora��o perdoa
Mas n�o esquece � toa
E eu n�o me esqueci.
Ricardo Alexame
Li��o de vida
- Mestre, que conselho me d�? Como devo me comportar l� fora?
O mestre reflete por alguns segundos e diz:
- Durante toda a viagem n�o carregue ningu�m nas costas.
Curioso, o disc�pulo pergunta:
- Mas � s� isso?
O mestre confirma e se afasta. No dia seguinte, no meio da tarde, eles chegam at� um rio, onde encontram uma velhinha. Ela n�o tem for�as para atravessar o rio e olha para eles desamparada. O disc�pulo pensa em ajudar, mas lembra-se do conselho de n�o carregar ningu�m, e n�o a ajuda.
O mestre se oferece para ajudar, coloca a velhinha nas costas e faz a travessia sob o olhar curioso e indignado do seu disc�pulo.
Aquele fato foi remoendo a paz de esp�rito do disc�pulo. Ele foi ficando cada vez mais amuado e ressentido com seu mestre, que n�o praticava os conselhos que dava. Ao final de uma semana, a raiva e o desgosto acabam por consumir o disc�pulo. Ele se revolta, joga seus pertences no ch�o e anuncia que n�o vai mais participar da jornada.
O mestre calmamente questiona o motivo de tanta frustra��o. O disc�pulo se lamenta:
- O senhor me disse para n�o carregar ningu�m nas costas, mas no final do primeiro dia carregou aquela velhinha!
E o mestre responde:
- Eu ajudei aquela velhinha a atravessar o rio, mas � voc� que est� carregando-a nas costas h� mais de uma semana.
�s vezes eu percebo, no meio da noite ou no fim de semana, que estou com a velhinha nos ombros. Sinto a sua presen�a e vejo que n�o consegui me desligar do meu trabalho. Para o bem e para o mal. Tanto quando estou mais euf�rica, quanto nos momentos em que fico pensando em algum problema.
Por mais que se deva separar a vida pessoal da profissional, inevitavelmente uma acaba interferindo na outra. Temos que ter tempo para sermos a profissional, a m�e, a filha, a irm�, a amiga, a esposa e ainda arrumar algum tempo para n�s mesmas.
N�s podemos carregar a velhinha em qualquer um desses casos, mas normalmente � no trabalho que ela aparece mais vezes. E o peso muda. �s vezes ela � magrinha, quase anor�xica. Noutras ela � uma mulher encorpada e dif�cil de carregar.
N�o carregar a velhinha � uma meta a ser perseguida. � um problema cr�nico, para o qual n�o h� uma cura e que exige uma vigil�ncia constante. � preciso descobrir onde fica o bot�o on/off que permita desligar o problema.
Confesso que eu ainda n�o sei a melhor forma de n�o carregar a velhinha. Eu garanto que andar com ela nas costas n�o ajuda a resolver o problema e ainda cria outros. Se voc� tiver uma solu��o, me deixe saber.