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8 Coisas que o Coronav�rus Deve Nos Ensinar
Eu acordei nesta manh� em N�poles, a terceira cidade italiana que foi colocada em quarentena. Aglomera��es publicas, incluindo cultos das igrejas, foram proibidos. Casamentos, funerais, e batismos foram cancelados. Escolas e cinemas, museus e academias, est�o fechados. Minha esposa e eu acabamos de retornar de uma ida as compras que nos tomou duas horas na fila para o caixa. A It�lia, correntemente, tem reportado os maiores n�meros de casos de coronav�rus fora da China: 9.172 casos e 463 mortes. Como resultado, 60 milh�es de pessoas tem sido orientadas a permanecerem em suas casas, saindo somente em casos absolutamente necess�rios.

Como crist�os, como respondemos a tal crise? Resposta: com f� e n�o medo. N�s devemos olhar para o olho da tempestade e perguntar: Senhor, o que o Senhor espera que eu aprenda disso? Como o Senhor quer me mudar?

Aqui est�o 8 coisas que todos n�s dever�amos realmente aprender, ou reaprender, deste coronav�rus.

1. Nossa Fragilidade
Essa crise global est� nos ensinando o qu�o fraco somos como seres humanos.

No momento em que escrevo, 98.429 casos de coronav�rus foram reportados mundialmente, causando 3.387 mortes. N�s estamos tentando fazer o nosso melhor para conter propaga��o. E, na maioria das vezes, eu acho que somo confiantes demais do eventual sucesso.

Agora imagine um v�rus ainda mais agressivo e contagioso do que coronav�rus. Encarado como uma amea�a, n�s podemos prevenir a nossa extin��o como esp�cie? A resposta � claramente n�o. � f�cil esquecer, mas os humanos s�o fracos e fr�geis.

As palavras do salmista s�o verdade: �15Quanto ao homem, os seus dias s�o como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; 16pois, soprando nela o vento (ou COVID-19), desaparece; e n�o conhecer�, da� em diante, o seu lugar.� (Salmo 103.15-16)

Como compreendemos essa li��o sobre nossa fragilidade? Talvez lembrando que n�o devemos tomar vida nesta terra como garantia. � 12Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos cora��o s�bio.� (Salmo 90.12)

2. Nossa igualdade
Esse v�rus n�o respeita limites �tnicas ou fronteiras nacionais. N�o � um v�rus chin�s; � nosso o v�rus. Est� no Afeganist�o, na B�lgica, no Cambodia, na Dinamarca, Fran�a, Am�rica � 77 pa�ses, e contando, j� foram contaminados pelo coronav�rus.

N�s somos todos membros da grande fam�lia humana, criados a imagem de Deus (Gn. 1.17). A cor da nossa pele, o idioma que falamos, nossos sotaques, e nossas culturas n�o s�o levadas em considera��o aos olhos de uma doen�a contagiosa.

Em nosso sofrimento, na dor de perder um ente querido, n�s somos completamente iguais � fracos e sem respostas.

Aos olhos do mundo n�s somos todos diferentes; aos olhos do v�rus, n�s somos iguais.

3. Nossa falta de controle
Todos n�s amamos estar no controle. N�s fantasiamos que somos os capit�es do nosso destino, mestres da nossa sorte. A realidade � que hoje, mais do que antes, n�s podemos controlar partes significantes das nossas vidas. N�s podemos controlar o aquecimento e a seguran�a da nossa casa remotamente; n�s podemos movimentar o dinheiro ao redor do mundo com um clique em um aplicativo; n�s podemos controlar nossos corpos atrav�s de treinamento e de medica��es.

Mas talvez esse senso de controle seja uma ilus�o, uma bolha que o coronav�rus estourou, revelando a realidade que n�s n�o estamos realmente no controle.

Agora, aqui na It�lia, as autoridades est�o tentando conter a propaga��o desse v�rus fechando, abrindo e fechando novamente as escolas de nossos filhos. Eles t�m a situa��o sob controle?

E n�s? Armados com nossos sprays desinfetantes, n�s tentamos reduzir os riscos de sermos infectados. N�o h� nada de errado em fazermos isso. Mas, n�s estamos no controle da situa��o? Dificilmente.

4. A dor que compartilhamos em sermos exclu�dos
H� alguns dias uma membro de nosso igreja viajou para o norte da It�lia. No seu retorno para N�poles, ela foi exclu�da de um jantar com colegas de trabalho. Disseram a ela que seria melhor para ela n�o comparecer devido as suas recentes viagens ao norte, mesmo eles sabendo que ela n�o tinha estado perto de nenhuma �rea de risco e n�o estava mostrando nenhum sintoma do coronav�rus. Obviamente, esse distrato a machucou.

Um propriet�rio, de 55 anos de idade, de um restaurante no centro de N�poles foi recentemente colocado em quarentena. Tendo dado positivo os testes para COVID-19, diziam que ele se sentia relativamente bem fisicamente, mas que ficou triste pelas rea��es de muitos de seus vizinhos: �O que mais o machucou n�o foi o resultado positivo para o coronav�rus, mas a maneira que ele e sua fam�lia foram tratados pela cidade em que eles viviam.� (Jornal Matutino II, 2 de Mar�o de 2020).

Ser exclu�do e isolado n�o � uma coisa f�cil, tendo em vista que fomos criados para relacionamentos. Mas muitas pessoas, agora, est�o tendo que lidar com o isolamento. � uma experi�ncia que a comunidade leprosa dos dias de Jesus conhecia muito bem. Eram for�ados a viverem sozinhos, andando pelas ruas de suas cidades gritando: �Imundo! Imundo!� (Confira Lev. 13.45).

5. A diferen�a entre medo e f�
Qual � a sua rea��o para com essa crise? � f�cil ser dominado pelo medo. � f�cil ver o coronav�rus em todo o lugar que eu olho: no teclado do meu computador, no ar que eu respiro, em cada contato f�sico e em cada esquina, esperando para me infectar. N�s estamos em p�nico?

Ou talvez essa crise est� nos desafiando a reagir de maneira diferente � com f� e n�o com medo. N�o f� nas estrelas ou em alguma deidade desconhecida. Em vez disso, f� em Cristo, o bom pastor que � tamb�m a ressurrei��o e vida.

Certamente somente Jesus est� no controle desta situa��o; certamente somente ele pode nos conduzir atrav�s desta tempestade. Ele nos chama para confiar e crer, para ter f� e n�o medo.

6. Nossa necessidade de Deus e nossa necessidade de orarmos
No meio de uma crise global, como n�s podemos como indiv�duos fazer a diferen�a? Frequentemente n�s nos sentimos pequenos e insignificantes.

H� algo que podemos fazer. N�s podemos clamar ao nosso Pai Celestial.

Ore pelas autoridades que governam nossos pa�ses e cidades. Ore pelos times m�dicos que est�o tratando a doen�a. Ore pelos homens, mulheres e crian�as que j� foram infectados, pelas pessoas que est�o com medo de deixar suas casas, por aqueles que vivem nas �reas de risco, por aqueles que est�o nos grupos de risco com outras doen�as e pelos idosos. Ore para que Deus possa nos proteger e guardar. Ore a Ele, para que ele possa nos conceder miseric�rdia.

Ore tamb�m para que o Senhor Jesus retorne, que ele possa voltar e nos levar para a nova cria��o que ele tem preparado para n�s, um lugar que n�o haver� mais lagrimas, nem morte, nem luto, nem choro ou dor (Ap 21.4)

Continua...



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