Tem dias que nï¿½o acordo bem e pronto.

Nada vai dar certo e eu nï¿½o vou ter paciï¿½ncia pra ï¿½tentarï¿½ ser gentil. Tem dias que eu vou xingar todas as pedras que encontrar pelo caminho e nï¿½o vou desejar bom dia ï¿½ ninguï¿½m.Tem dias que vocï¿½ vai esbarrar com meu egoï¿½smo, com meu egocentrismo e com meu mau-humor. Tem dias que nï¿½o vou ser tudo o que fui ontem porque eu estou ï¿½ 10 mil metros de ser estï¿½vel. Tem dias que nï¿½o sei que roupa escolher, tem dias que visto a primeira que vejo e tem dias que nenhuma cai bem. ï¿½s vezes sou demasiadamente sensï¿½vel, me abalo com qualquer palavra. ï¿½s vezes a armadura nï¿½o funciona e eu me derreto toda com um xingamento qualquer, ao invï¿½s de devolver com o foda-se.Insisto nas minhas crises nostï¿½lgicas e existenciais como se precisasse delas uma vez por semana pra equilibrar minha auto-estima jï¿½ duvidosa. Sou assim, hoje um livro aberto, amanhï¿½ um enigma indecifrï¿½vel. Definindo em apenas uma palavra: Confusï¿½o. ï¿½s vezes nï¿½o sei o que quero ou que sabor escolher e em outras sou tï¿½o convicta que me questiono porque me vi tï¿½o indecisa o dia anterior. ï¿½s vezes dou gargalhada atï¿½ do vento, mas amanhï¿½ me deprimo com um simples detalhe imperceptï¿½vel. Sou essa mistura de humores, personalidades e jeitos. Nï¿½o consigo organizar essa bagunï¿½a, colocar tudo em seu lugar. Vou entulhando tudo num canto e ï¿½s vezes nem percebo o que trago pra dentro de mim. No final das contas, me sinto mais confortï¿½vel com toda essa tralha [ï¿½] ï¿½ que tenho algumas coisas aqui no meio que jamais seria capaz de me desfazer.ï¿½